O Conselho Municipal de Segurança (Conseg) apresentou em audiência pública, na tarde do último dia 7, quarta-feira, uma alternativa, que exige baixo investimento, de monitoramento para Mogi Mirim. A proposta é uma plataforma que reúne imagens das câmeras de estabelecimentos comerciais conectados a um sistema que pode ser acessado diretamente pela Guarda Civil Municipal (GCM).

O encontro, realizado no plenário da Câmara Municipal, contou com a participação de alguns vereadores, membros do Conseg e do comércio e representantes do Sindicato Rural. Diante da crise financeira da Prefeitura e da falta de um projeto para buscar recursos estaduais e federais, o que geraria ainda mais custos aos cofres públicos, o presidente do Conseg, José Lázaro Pulcinelli Filho, acredita que a ideia é viável. Isso porque a empresa Camerite oferece o gerenciamento de 50 câmeras por R$ 1,6 mil mensais.
Para isso, será necessário encontrar 50 câmeras, já dispostas em locais públicos, para o monitoramento das ruas, além das entradas e saídas da cidade. A intenção é que comércios, como postos de combustíveis, por exemplo, cedam as imagens, que seriam acessadas pela GCM através do software da Camerite. Divididos os valores, cada câmera gerenciada ficará no valor de R$ 32 por mês.
Se o serviço for fechado por um ano, a Camerite já sinalizou a doação de 20 câmeras. De acordo com Filho, essa iniciativa seria importante para aqueles pontos onde ainda não há monitoramento, além de reduzir a quantidade de comerciantes que precisariam aderir ao projeto. Os vídeos ficam armazenados pela empresa no período de sete até 30 dias.
Uma proposta semelhante foi adotada pela Prefeitura de São Paulo. É o chamado Projeto City Câmeras, um programa público que visa constituir uma ampla rede de videomonitoramento por meio de câmeras públicas e privadas instaladas pela cidade. As imagens podem ser acessadas diretamente pelos distritos policiais, batalhões da Polícia Militar (PM) e Guarda Civil Metropolitana (GCM), garantindo mais agilidade nas ações de prevenção e combate ao crime e contribuindo nas investigações.
O sistema também é integrado ao Detecta, da Secretaria Estadual da Segurança Pública. No total, já são 333 câmeras conectadas à plataforma na cidade de São Paulo, mas a expectativa do governo paulistano é alcançar 10 mil câmeras instaladas nos próximos quatro anos. Em Mogi Mirim, a viabilidade econômica da proposta é o próximo passo a ser estudado. A ideia ainda será levada ao Poder Executivo e às entidades de classe, como a Associação Comercial e Industrial de Mogi Mirim (Acimm).