Uma mulher de 32 anos está sendo investigada pela Polícia Civil de Mogi Mirim suspeita de espancar um filhote de cachorro até a morte. O caso foi registrado na delegacia como praticar ato de abuso a animais, no último dia 2. Uma fêmea preta, que não resistiu aos ferimentos, e um macho, de coloração branca e caramelo, também machucado, foram encontrados por um estudante de 22 anos.
Os animais, ambos de quase três meses, estavam em uma caixa, abandonados à Rua Francisco Parra Hernandes, no Jardim Nazareth, na região da zona Norte. O local seria próximo da residência da acusada. De acordo com o relato do jovem à polícia, o macho estava com sinais de espancamento e com um fio de arame enrolado no pescoço. O estudante, então, resolveu resgatar o filhote e o levou para sua casa, buscando atendimento e medicações junto a um veterinário de uma agropecuária da cidade.
Segundo a presidente da Associação Vida, Sheyla Steinmetz, os filhotes foram adotados pela mulher, no dia 27 de janeiro, em uma feira promovida no município. Pouco depois de um mês, no dia 24 de fevereiro, ela recebeu uma denúncia de que a acusada teria matado os dois filhotes e começou a investigar. No dia 27 do mesmo mês, Sheyla encontrou a postagem do estudante, em uma página do Facebook, contando toda a história dos filhotes e anunciando o macho para adoção.
“Comparei as fotos e vi que se tratava do mesmo animal”, explicou à reportagem. A cópia do documento que comprova a doação dos animais, assinada pela suspeita, já foi apresentada à polícia. Após o reconhecimento, a presidente da associação entrou em contato com a mulher e perguntou sobre os animais. “Ela me disse que estavam bem e com ela, mas eu já sabia de tudo”, afirmou.
Sheyla lembrou que quando falou em visitar os cães, a suspeita não autorizou e mostrou-se irritada. Pouco depois, ela divulgou nas redes sociais que os filhotes haviam fugido. A presidente ainda explicou que a mulher chegou a mandar algumas fotos dos filhotes para que a Associação Vida pudesse fazer o devido acompanhamento, contudo parou de enviá-las, comportamento que também despertou a desconfiança da entidade.
Na publicação feita no Facebook, o jovem comentou que o filhote macho teve o maxilar quebrado, sendo possível alimentá-lo somente com auxílio de uma seringa. “Mas ele é um guerreiro porque sobreviveu a todo esse sofrimento, infelizmente seu irmãozinho não teve a mesma sorte. Eu já o amo muito”, descreveu o estudante. Mesmo recuperado, o cachorro apresenta algumas sequelas; neurológica e em um dos olhos, devido aos traumas. Felizmente, a presidente informou que ele foi adotado pelo estudante. A partir daí, uma nova história de amor e muito carinho será escrita.
