sábado, novembro 23, 2024
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Homem e mulher, presos, confessam assassinato de adolescente desaparecido

Desaparecimento de Robert completou um mês no dia 19 de março (Foto: Reprodução Facebook)

Um homem de 23 anos e uma mulher, de 43, ambos moradores em situação de rua, confessaram, em depoimento à Polícia Civil de Mogi Mirim, o assassinato de Robert Luan Augusto, de 17 anos, desaparecido desde o dia 19 de fevereiro. A dupla ainda garantiu que o corpo carbonizado, encontrado no Núcleo Integrado de Atividades Sociais (Nias) Vereador Antonio Carlos Guarnieri, na mesma semana do desaparecimento, é do adolescente.

Os desempregados Lucas Romano de Favery, conhecido como Magrão, natural de Mairiporã-SP, e Elisangela Regina Cordeiro, de Campos Novos-SC, foram capturados, na noite de sábado, pela Guarda Civil Municipal (GCM), no Jardim Elite, na zona Leste do município. Mesmo diante da confissão, o delegado Paulo Roberto Agostinete informou à reportagem que aguarda o resultado do exame de sangue feito pela mãe do jovem no Instituto Médico Legal (IML), em Mogi Guaçu, o que revelará, com precisão, se o corpo é ou não do garoto.

Segundo Agostinete, o crime, de homicídio qualificado, teve motivação fútil, uma vez que houve um desentendimento entre os presos, que já tinham um convívio nas ruas, e a vítima. Agostinete não entrou em detalhes sobre como o crime teria sido executado e nem qual seria a relação entre Robert e a dupla. Isso porque o caso é conduzido pelo delegado João Luiz Rissato, que não quis conceder entrevista ao jornal.

Os guardas municipais estavam em patrulhamento pelo Elite quando abordaram a dupla, suspeita, à Rua João Miguel Finhane, próximo ao local conhecido como Morro do Sufoco, por volta das 23h. Após consulta aos antecedentes criminais, os GCMs verificaram que havia mandados de prisão temporária contra Favery e Elisangela, expedidos pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Mogi Mirim, no dia 16 de março. Em seguida, eles foram conduzidos ao plantão policial.

Contra a mulher, ainda existe um mandado de prisão condenatório, por tráfico de drogas, despachado pela Vara Criminal da Comarca de Mogi Guaçu, em 12 de janeiro de 2017, com pena de 7 anos, 11 meses e oito dias, em regime fechado. Em julho de 2015, Favery foi preso em flagrante por furto qualificado, mas acabou liberado pela Justiça. Na época, ele foi flagrado por câmaras de monitoramento da região central arrombando e furtando parquímetros.

A Promotoria de Justiça já converteu a prisão temporária em preventiva. Favery foi encaminhado à Unidade de Detenção, em Itapira, onde aguardava transferência para o sistema prisional, enquanto Elisangela seguiu para a Penitenciária Feminina, no Guaçu. Dos quatro homicídios registrados na cidade, esse é o segundo elucidado pela Polícia Civil, durante um curto período de investigações. De acordo com Agostinete, os outros casos devem ter um desfecho em breve.

IML e a localização do corpo
O desaparecimento de Robert Augusto completou um mês, na segunda-feira passada. Na última semana, a mãe do adolescente, Clair Fernanda Galiana Augusto, foi até o IML para coletar amostras de sangue, a pedido da Polícia Civil. O objetivo é saber se o corpo carbonizado, localizado na manhã de 24 de fevereiro, no Nias, na região da zona Leste, trata-se ou não do jovem. O IML fará um cruzamento de dados de DNA da mãe do garoto com o material coletado nos restos mortais.

Corpo carbonizado foi achado no Núcleo Intregado de Atividades Sociais (Nias), em 24 de fevereiro (Foto: Fernanda Delfino-STV)

O resultado do exame deve sair em 120 dias, conforme informou Clair ao O POPULAR, na última edição. No dia 24, uma amiga de Robert contou aos policiais militares que, enquanto procurava o amigo, avistou um incêndio no Nias e pediu a ajuda de um transeunte, que passava pela rua. A pedido da jovem, o transeunte entrou no local e puxou, com uma madeira, um pedaço de carne com osso.

Polícia Militar esteve no local, isolou área e acionou a Polícia Civil (Foto: Fernanda Delfino/STV)

Diante dos indícios de crime, a PM isolou a área e acionou a perícia, que verificou ser um cadáver, liberando o local para remoção do corpo. A Polícia Civil expediu, então, uma requisição ao IML, pedindo a constatação se realmente se trata de um corpo humano e a coleta de material genético para exame de DNA. O caso foi registrado como morte suspeita e encontro de cadáver. Na ocasião, a reportagem apurou que o IML ainda poderia estudar a possibilidade de encaminhar os restos mortais para o Núcleo de Antropologia, em São Paulo.

 

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