quarta-feira, abril 23, 2025
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Mirlene Picin, pódios e um projeto ambiental

A força do esporte vai além do lazer, dos benefícios à saúde e até do capital gerado quando se fala em alto rendimento. Os benefícios sociais são enormes e podem ser vistos em ações diretas ou indiretas. Até o meio ambiente aparece como privilegiado.

Um caso que retrata de forma clara esta situação é o projeto de reflorestamento encabeçado pela atleta mogimiriana Mirlene Picin. O Podium Verde Visafértil conta com o apoio de empresa mogimiriana ligada à área de fertilizantes orgânicos e está na quinta edições. Os plantios previstos para 2019 já tiveram início.

O projeto funciona com a relação da posição final com o número de mudas a serem plantadas. Assim, a medalha de ouro equivale a 25 mudas. Em caso de prata, são 20 mudas; bronze, são 15 mudas, quarta colocação são 10 mudas e quintas posições, cinco mudas. As áreas de reflorestamento e preservação estão localizadas em Mogi Mirim e em Benedito Novo (SC), onde Ulisses Girardi, dono da Visafértil, mantém uma área há muitos anos.

Em 2019, Mirlene atingiu o equivalente a 275 mudas após 16 pódios em competições. Foram seis em provas de ski e 10 em provas de corrida. Das 16 medalhas, duas foram de resultados em solo nacional e o restante no exterior.
Ao longo dos cinco anos, 35 mil sementes de palmito juçara foram distribuídas gratuitamente em palestras, eventos ou competições e ações especiais em que a atleta esteja presente.

“Já disse isso antes e repito. O projeto trouxe de volta para mim a motivação em competir. Não que a competição em si, os resultados e as medalhas não me motivem. Mas, com o projeto, as coisas passaram a voltar a ter sabor, deixando aquela sensação de que estamos fazendo algo mais, por nós mesmos e pelas gerações futuras”, afirmou Mika.

Inicialmente, a ideia era de uma dinâmica simples, somar uma quantidade de mudas a cada pódio da atleta, valendo da primeira à quinta colocação, em eventos de corrida, biatlo de inverno ou ski cross country. No final do ano, a totalidade das mudas somadas referentes aos resultados, seriam plantadas em áreas de reflorestamento, já existentes e mantidas pela Empresa Visáfertil.

“Quando apresentei a ideia à empresa, entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015, o projeto foi aceito imediatamente. A ideia era muito boa e estava muito bem encaixada no contexto de ambas as partes. Tanto a minha como atleta, quanto a da empresa, no ramo de atuação de fertilizantes orgânicos. E também por todo o histórico de trabalho relacionado ao meio ao meio ambiente que é executado pela empresa, funcionários e vários projetos”.

E mais do que o competir. Mirlene representa Mogi Mirim em modalidades muito ligadas à natureza. “A corrida de montanha e o ski, tendo este último um agravante, já que o aquecimento global é real e, nos últimos anos, minha modalidade de inverno já vinha sofrendo com cancelamentos de vários eventos pela falta de neve em alguns locais”, enfatizou Mirlene.

A mogimiriana destaca que o projeto é importante não apenas pela reposição florestal, com plantas nativas da Mata Atlântica, mas também para divulgar para as comunidades, as suas ações sociais e ambientais. Situação referendada pelo parceiro no projeto.

“É uma forma de mostrar, que é possível o esporte caminhar junto com empresas, para construir um pensamento coletivo da importância de manter o meio ambiente, para o bem das gerações presentes e futuras. Além disso, na parte prática do plantio, estamos formando uma nova floresta. Precisamos pensar globalmente, mas é necessário praticar ações locais”, declarou Ulisses Girardi, presidente da Visafértil.

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