quarta-feira, abril 23, 2025
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Cidade do Vôlei: time adulto de Mogi segue em destaque

Parece desnecessário o uso de uma afirmação antes de outra afirmação. Porém, Mogi Mirim precisa se firmar como algo que já é, por mais contraditório que pareça. Somos a cidade do vôlei, sim senhor! Daqui saiu um multicampeão e atleta de Seleção, o ex-ponta Dirceu Paulino. A cidade é berço da levantadora Claudinha, também com passagem pela Seleção.

E tem muito mais. Muita gente com vínculo com a cidade e ligada a esta modalidade. E pessoas que ainda defendem a bandeira local em competições de alto rendimento. No dia 2 de novembro, o Ginásio do Tucurão pulsou forte com a primeira semifinal entre a equipe local e Valinhos. Mantida pela Secretaria de Esporte Juventude e Lazer (Sejel), a formação comandada por Alex Lucon não tem o mesmo apelido da eterna bandeira local, o Mogi Mirim Esporte Clube.

Hoje, concorre com a força local no handebol e na natação. Uma ‘concorrência’ que fica melhor assim. Com aspas. Há espaço para todo mundo. E o voleibol quer mostrar a todos que o seu lugar é lá em cima. “O nosso grupo é muito bom, muito forte. Um grupo que merece respeito e que não tem na cidade. As pessoas não sabem que esta equipe existe. As pessoas não sabem o tanto que essa equipe joga”.

Espelho
Estas são palavras de quem dedica horas de trabalho e muito suor pela modalidade. Alex Lucon é o técnico da equipe que, em dezembro, brigará pelo segundo título da Copa Regional de Vôlei, torneio organizado pela Liga Regional de Voleibol, uma das mais importantes de São Paulo. Para ele, o trabalho do time adulto masculino é um espelho fundamental para as equipes de base.

Assim como a chegada a mais uma final será uma oportunidade importante para que possam assistir a um jogo de alto nível. E isso independente do rival. Jundiaí e Mongaguá são os concorrentes, que iniciam a briga por um lugar na decisão neste sábado, dia 23, após participarem dos Jogos Abertos. “Seja contra quem, espero um confronto muito bom e tentar levar as famílias ao máximo no Tucurão. Quem sabe registramos um recorde de pessoas. Quem sabe”, vislumbra o treinador, que completa: “Acho que seria muito mais importante do que ganhar o título, levar as pessoas para dentro do ginásio. Para que possam olhar e falar que tem voleibol em Mogi. E neste nível”, exclamou.

Campanha
A equipe chegou à semifinal da Série Ouro após ficar na terceira posição entre 10 equipes na fase de classificação. Foram 14 vitórias e quatro derrotas em 18 partidas. “Essa temporada foi a mais disputada de todas. São 10 equipes com 18 jogos na primeira fase. Nunca tinha jogado um campeonato neste naipe. O Paulista de volei adulto masculino tem oito equipes e aí você já faz um parâmetro muito interessante”, pontuou Lucon.

O alto nível ditou a semifinal. Diante de Valinhos, partidas com perfis distintos na execução, mas que terminaram com o mesmo final: vitória mogimiriana. “Na verdade estava em aberto. São duas equipes de muita tradição na região e na Liga. Somos arquirrivais, não dá para negar que enfrentar Valinhos tem algo mais. São equipes que desde que eu assumi o time, em 1999, se enfrentam e sempre são jogos muito difíceis”.

Na partida de ida, porém, não houve espaço para o rival. Segundo Lucon, a torcida foi fundamental. “Energia boa demais, familiares e amigos. Pessoal empurrando. Coloco a vitória na conta da torcida”. na quadra, um passeio. Mogi fez 3 sets a 0, com parciais de 25 a 20, 25 a 17 e 25 a 18. No segundo jogo, fora de casa, a torcida era toda do oponente. “Valinhos teve o jogo na mão em muitos momentos e a gente conseguiu reverter isso. Esse segundo jogo foi na superação e no se encontrar em quadra. No momento em que estava mal e o time se encontrou e ganhamos”, avaliou.

Espera
Com a vaga na mão, resta agora esperar pelo rival na final. O primeiro jogo aconteceu no sábado, dia 23, em Mongaguá e o time da casa venceu por 3 sets a 1 (26 x 28, 25 x 21, 26 x 24 e 25 x 15). O segundo duelo foi marcado para hoje, dia 29, em Jundiaí. Caso os anfitriões vençam e a série fique empatada, o terceiro e decisivo jogo acontecerá no dia 1º de dezembro, às 11h, em Jundiaí. Até por esta incerteza, as finais ainda não tem datas marcadas, mas o segundo jogo, seguindo a tabela da Liga, será em Mogi Mirim.

“Jundiaí é muito forte, bem treinada e tem dinheiro. São meninos que são pagos para estar em Jundiaí. É o time a ser batido, já que treina todo dia, tem estrutura, alimentação especial, parte física. Ganhar deles com certeza vai ser bem difícil. A gente vai ter que jogar muito voleibol. Mongaguá deve ter um grupo novo na mão e é perigoso por isso também. Não sabemos o que podemos encontrar”.

É claro que o treinador não fala em escolher um adversário. Seja quem for, Mogi está preparada para brigar com força pela taça. A meta é repetir o feito de 2016, quando os comandados de Lucon ficaram com o troféu, vencendo Limeira na final. No ano seguinte, Mogi ficou com a quarta posição e, em 2018, não disputou. A mesma base de atletas mogimiriano já faturou o torneio outras duas vezes.

Em 2012 e 2015, com vitórias nas duas ocasiões sobre Vinhedo na final, representando Mogi Guaçu. Na luta por mais uma taça, a equipe quer se firmar de vez no coração e na memória do torcedor e de eventuais incentivadores de uma modalidade que representa com louvor o esporte local. Por isso, não custa repetir. Sim, somos a cidade do vôlei.

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