O Mogi Mirim Esporte Clube segue com a sua ‘vida’ carregada pela interrogação. Na Justiça, há uma disputa entre representantes de Luiz Henrique de Oliveira e do grupo opositor. Esta chapa, formada por pessoas da cidade e encabeçada por Celso Semeghini, chegou a conseguir o registro das atas das assembleias que destituíram Oliveira e elegeram uma diretoria provisória, presidida por João Carlos Bernardi e a eleger Semeghini no final de dezembro.
Semanas antes, mesmo em meio à sua destituição registrada em cartório através de decisão judicial, Oliveira também realizou uma assembleia e anunciou a reeleição por aclamação. Em teoria, o Mogi passou a ter dois presidentes. Na prática, após decisão em segunda instância suspendendo o registro das atas das assembleias de 9 e 10 de setembro, entre elas a destituinte, o clube está sem comando. Nenhuma ata está de fato registrada no Cartório de Registros de Mogi Mirim.
Em meio a este panorama, o clube segue a sua vida. Inclusive com uma visão otimista do gestor de futebol, Marcelo Galático, sobre a participação do Sapão na Segunda Divisão do Campeonato Paulista ainda em 2020. Ele é responsável pelo departamento de futebol após uma série de ‘passadas de bastão’ iniciadas em um acordo de terceirização assinado por Oliveira em maio de 2018, que cedeu os direitos de gestão do futebol do clube a Diego Medeiros da Silva e o sul-coreano Hyun Seok Choi, conhecido como Mário.
Deles a gestão ficou sob a batuta de André Ko e Dênis Ahn. Os também sul-coreanos compartilharam a administração do futebol do clube com o ex-lutador de MMA, Jaime Marcelo Conceição. Na reta final da passagem de Jaime, em junho de 2019, ele já não contava mais com Ahn e Ko e tinha como parceiro o empresário Marcelo Galático.
Com contrato válido até 2022, o gestor de futebol se manifestou, sobretudo, a respeito das condições do estádio Vail Chaves para uma eventual volta ao profissionalismo. “Frente às declarações publicadas em alguns meios de comunicação citando que o MMEC (Mogi Mirim Esporte Clube) corre risco de ficar fora de competições, por falta de laudos, informo que tais afirmações não correspondem com a realidade”, exclamou.
De acordo com Galático, o clube dispõe de alvará de funcionamento e AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), sendo que em 5 de dezembro do último ano, foi concluída a elaboração do último laudo de engenharia exigido pela Federação Paulista de Futebol (FPF). “A elaboração deste laudo foi executada pelo mesmo engenheiro responsável pela obtenção do AVCB, visando assim assegurar direito de participação do clube em competições da FPF.
Aguardamos ansiosamente a solução da disputa judicial entre os grupos que pleiteiam a direção da instituição, haja visto que a Federação Paulista só deve reconhecer o grupo que conseguir legalmente registrar sua ata, tornando-se assim diretoria definitiva”, destacou Galático. O dirigente afirmou a O POPULAR que outras condições impostas pela Federação para a presença na chamada Bezinha serão resolvidas.
O pagamento das dívidas junto à entidade estadual e também a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) seriam sanadas. “Eu mesmo vou pagar junto com meus parceiros”, frisou. Outro ponto importante é a formação do elenco. As atividades foram retomadas no clube nesta semana. Com a ajuda de parceiros, pretende constituir o grupo que jogaria a Segunda Divisão. “Temos parceiros que se comprometeram a disponibilizar atletas para montar um time, juntamente com alguns atletas da própria cidade. Só estou na dependência desta questão política para dar andamento ao restante das coisas”, destacou.
Entre os parceiros citados está o ex-jogador Vampeta, que é presidente do Grêmio Osasco Audax, clube que disputa a Série A2 do Paulista. “Ele se colocou a disposição para ajudar caso a gente precise”. O Conselho Arbitral para a Segunda Divisão foi agendado para o dia 29 de janeiro (leia mais nesta página), prazo final para que o Sapo esteja em dia e dispute a competição ainda em 2020.
