O sábado, 14 de dezembro, é um dia especial. Neste dia, o torcedor mogimiriano deve sempre se lembrar de um feito histórico. Foi em um dia como o de amanhã que, há 34 anos, o Mogi Mirim Esporte Clube pintava um dos quadros mais belos de sua gloriosa e centenária história.
No dia 14 de dezembro de 1985, o Sapão da Mogiana conquistou o então inédito acesso à elite do futebol paulista. O clube chegou, após 31 anos de profissionalismo, ao apogeu estadual. Seria, a partir do ano seguinte, uma agremiação da Divisão Especial, como era chamada à época a atual Série A1.
Uma caminhada que começou em 1954. Teve continuidade em 1955, 1957 e 1958. Parou. E voltou, em 1970. Foram anos praticamente seguidos de presenças em divisões inferiores, com interrupção apenas em 1976. A partir de 1982, logo após a posse de Wilson Fernandes de Barros e algumas reformulações da Federação Paulista de Futebol (FPF) nas divisões de acesso, o Sapão se estabeleceu na Divisão Intermediária (hoje Série A2).
Faltava algo mais. O acesso estava cada vez mais perto. Em 1985, com um elenco recheado de figuras importantes, como o volante Chicão, ídolo do São Paulo e ex-Seleção Brasileira, o Mogi brigou de fato pelo acesso. Na fase final, a Federação marcou as partidas para a Capital. A estreia, no dia 23 de novembro, terminou com vitória por 1 a 0 sobre o Taubaté no antigo Palestra Itália. Henrique fez o gol mogimiriano.
Depois, vitória por 2 a 0 diante do Tanabi, com tentos de Osmarzinho e Silvinho, no Morumbi. Aí começou uma série de jogos no Pacaembu. E de empates. 0 a 0 e 1 a 1 contra o Novorizontino. Depois, 1 a 1 diante do Tanabi. Até que chegou a última rodada. O acesso estava em jogo. 4.618 pagantes e 1.756 menores estiveram no Pacaembu naquele 14 de dezembro. Osvaldo dos Santos Ramos apitou o jogo do Sapão contra o Burro da Central. O Taubaté, do técnico Piorra Mendonça, foi a campo com Pizelli, Fidélis, Jair Gonçalves, Ailton e Capone; Almir, Carlos Augusto e Ronaldo; Paulo César (Silvinho), Porto Real e Golias (Luis Carlos).
Porém, foi o Sapão, de Fernando, Éderson, Ulisses, Roberto e Haroldo; Oscarzinho (Miltinho), Henrique e Osmarzinho; Silvinho, Donizete (Jorge Demolidor) e Eliel que saiu de campo com o acesso. E também com o título. Eliel, aos 43 da etapa inicial, abriu o placar. Miltinho, aos 34 do segundo tempo, sacramentou a conquista mogimiriana.
Em pleno Pacaembu, o time de João Magoga fez história. Depois de 1985, o Sapão sempre foi conhecido como um clube de elite. E, por mais que o tenham tirado desta condição em direito, de fato, o Mogi nunca perdeu seu espaço entre os grandes de São Paulo. Viva 1985! O ano da maior conquista mogimiriana.