sábado, novembro 23, 2024

REVIRAVOLTA
O início de semana foi de consertar o anúncio feito, via redes sociais e no Jornal Oficial, da volta às aulas presenciais no dia 8 de fevereiro. Primeiro um vídeo postado na página oficial do Facebook da Prefeitura anuncia o retorno das aulas, inclusive, com a palavra da secretária de Educação, Ana Lucia Peruchi, falando que até a data de início tudo estaria perfeito para receber 35% dos alunos em sala de aula. Depois, a informação é ratificada no Jornal Oficial, no sábado (16). No dia seguinte, o prefeito Paulo Silva (PDT) se encontra com Rodrigo Falsetti (Mogi Guaçu) e Toninho Bellini (Itapira) e é convencido a recuar na decisão. E, então, ele vem a público, via redes sociais, para comunicar a suspensão da volta às aulas.

PRESSÃO
Paulo Silva e sua equipe das áreas da Saúde e Educação estavam convictos da capacidade do município em atender os alunos, de forma gradativa e escalonada, como foi informado, no dia 8 de fevereiro. Havia tempo para adequações nas escolas e capacitação necessária de funcionários e professores. Do contrário não meteriam os pés pelas mãos ao anunciarem a volta às aulas de forma tão enfática, como fizeram. Certamente houve pressões contrárias ao retorno das aulas – dos pais, que temem pela saúde dos filhos; das redes sociais, que atacam tudo e a todos com critérios subjetivos e até mesmo dos prefeitos da região, cuja decisão querem deixar para depois quando não houver a necessidade de tanta coragem assim.

TIRO NO PÉ
Independente da pressão ou não, o fato de vir a público, através da assessoria de comunicação da Prefeitura, para desdizer o que havia dito horas antes foi um verdadeiro tiro no pé. A Prefeitura – secretárias Clara Carvalho (Saúde) e Ana Peruchi (Educação) e o prefeito Paulo Silva – poderia muito bem ter pensado melhor e esperado um pouco mais para cravar a data de retorno das aulas presenciais que não voltam mais no dia 8 de fevereiro. Até porque o próprio Paulo Silva, em entrevista à STV/O POPULAR, no final do ano, disse, com todas as letras, que previa a volta às aulas apenas em março, após a vacinação contra a Covid-19. Falou que seria em março, anunciou fevereiro e voltou atrás. Foi precipitado.

FIRMEZA
Posição firme sobre o assunto tem o vereador Cinoê Duzo (PTB), professor de educação física da rede estadual, cujo retorno das aulas presenciais está confirmado para 8 de fevereiro. Desde o início da pandemia, o petebista tem se posicionado veementemente contra a volta às aulas sem, antes, da vacinação da população contra o novo coronavírus, principalmente de professores e outros trabalhadores da educação. “Há um pânico, sim [dos pais de alunos], com toda justificativa, porque, no meu entendimento, temos que primeiro vacinar os professores, para tranquilizar os pais, para recebermos essas crianças. Gostaria que o governador João Doria tivesse a mesma sensibilidade que os três prefeitos tiveram e repensasse esse retorno das aulas presenciais”, disse ele nas redes sociais.

IMPROBIDADE
O ex-diretor jurídico da Prefeitura de Mogi Mirim na gestão passada de Paulo Silva, o advogado José Aparecido Cunha Barbosa, foi condenado por improbidade administrativa, já em segunda instância, em 2020, quando era secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura de Artur Nogueira em 2010. Motivo da condenação: recomendar contratação de um escritório de advocacia “apressadamente”. Foi condenado a pagamento de multa no valor de um quinto do dano causado – cerca de R$ 2 milhões, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo. Barbosa disse, em entrevista à “A Comarca”, que vai recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF), sob o argumento de que seguiu todos os trâmites legais para a contratação do escritório à época. “Há jurisprudência a meu favor”, disse.

REUNIÕES
A presidente da Câmara, Sonia Módena (Cidadania), está com a agenda cheia. Desde que foi eleita para a presidência da Mesa Diretora, em 1º de janeiro, ela tem participado de uma série de reuniões, tanto para buscar soluções para a Casa, quanto para a área de segurança pública. Afinal, ela é policial civil. Um dos encontros foi com o diretor da Etec “Pedro Ferreira Alves”, André Luiz dos Santos, com o qual busca parceria para modernizar o Parlamento Municipal com a instalação, por exemplo, de microfones individuais para os 17 vereadores, além de um placar eletrônico com a exibição do resultado da votação de projetos, por meio de botões instalados nas mesas dos edis. A ideia é interessante e já funciona em outras Câmaras. Vamos ver se isso vai virar…

TÚNEL DO TEMPO

FEBEM
Uma semana depois da visita a Mogi Mirim, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou decreto pelo qual cede à Prefeitura a área da Febem (Fundação Estadual do Bem Estar do Menor), que fica ao lado da Escola Técnica Estadual “Pedro Ferreira Alves”. O decreto é a medida preliminar para a transferência do imóvel em definitivo ao município. A gleba possui 320 mil metros quadrados. Parte do imóvel é área de preservação localizada às margens do Rio Mogi Mirim, que não pode, portanto, ser utilizado para qualquer edificação. Há 15 anos, na edição do dia 21 de janeiro de 2006.

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