Caros leitores, 500 mil. 500.000. Quinhentos mil mortes Severinas. Capitus. Joões. Pedros. Marias. Josés. Jesus. Madalenas. Micheles. Lucas. Luís. Taís. Elianes. Elaines. Elis. Paulos…
Muito triste. E isso tudo em meio à festa do futebol – de todos os certames. Quanta insensatez. Quanta insensibilidade. Falta de responsabilidade. Será só uma “gripezinha”?
“Para 90% da população, isso vai ser uma gripezinha ou nada” (27/3/2020, com menos de 100 mortos)
Para 10% é um ente querido, amado, se é que me entende, que deixa pai, mãe, filhos, irmão, esposa, marido, sobrinhos, amigos.
“Tudo agora é pandemia, tem que acabar com esse negócio, pô. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer. Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas” (10/11/2020, com 163.000 mortos)
Chorar a morte de quem você ama agora é ser “marica”, Jair?
“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre” (28/4/2020, em referência a seu sobrenome, quando havia quase 5.000 mortos)
Já passamos dos 500.000, ok? Que mundo você vive?
“Está superdimensionado o poder destruidor desse vírus. Talvez esteja sendo potencializado até por questões econômicas” (9/3/2020, quando o Brasil registrava 25 casos, sem nenhuma morte)
Ah, quanto deboche. Se pelo menos trabalhasse pela vacinação em massa da população desde o princípio. Mas em vez disso, isso:
“Se você virar um jacaré, é problema seu. Se você virar Super-Homem, se nascer barba em alguma mulher aí, ou algum homem começar a falar fino, eles (Pfizer) não têm nada a ver com isso.” (18/12/2020, sobre possíveis efeitos colaterais das vacinas, com 185.000 mortos)
Por hoje, só sexta que vem.