O 8 de Março, no próximo domingo, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Dia de celebrar as lutas e conquistas femininas e também lembrar que é preciso mais respeito às mulheres, que são mães, irmãs, filhas, companheiras de todas as horas.
Essa é visão de três entrevistadas pelo O POPULAR.
Para a cuidadora de idosos Rosivan dos Santos, de 55 anos, o Dia da Mulher é todo dia e, como tal, deveria ser enaltecido e respeitado sempre.
“A mulher é a base da família, é quem cuida da educação dos filhos, dos afazeres domésticos e também trabalha fora. Mulher é sinônimo de guerreira. A luta das mulheres, sintetizada no 8 de Março, é diária e, por isso, precisa ser reafirmada todos os dias”, observou Rosivan.
A vendedora Janete Aparecida Campos Oliveira, de 54 anos, entende que a comemoração da data é, sim, importante, porque não deixa passar em branco as conquistas e avanços, que merecem ser sempre comemorados.
“Merecemos uma data só para nós, mulheres. Mas também para lembrar que a luta continua, que temos muito a conquistar ainda. Temos de ser mais respeitadas, principalmente quanto aos relacionamentos, porque não somos objetos para os homens fazerem o que quiserem”, falou e disse.
As mulheres são, sem dúvida, protagonistas de suas vidas, suas histórias, como bem fala a auxiliar de vendas Vânia Maria Emidio, de 39 anos, complementando Janete.
“As mulheres já demonstraram sua competência em diversas áreas de atuação e, por incrível que pareça, em pleno Século 21 e com o mundo mais evoluído, supostamente, ainda tem gente que questiona a mulher no trabalho, em casa, que as oprimem e que cometem feminicídios. Passou da hora de sermos mais respeitadas”, finalizou.
Origem da data marca luta por direitos
O Dia Internacional da Mulher é comemorado mundialmente no dia 8 de março. A data frisa a importância da mulher na sociedade e a história da luta pelos seus direitos.
A origem do Dia Internacional da Mulher está repleta de controvérsias. Alguns associam o surgimento da data com a greve das mulheres que trabalhavam em Nova York na Triangle Shirtwaist Company e, consequentemente, ao incêndio que ocorreu em 1911.
Já outros, indicam que ela surgiu na Revolução Russa de 1917, a qual esteve marcada por diversas manifestações e reivindicações por parte das mulheres operárias. No dia 8 de março de 1917 cerca de 90 mil operárias russas percorreram as ruas reivindicando melhores condições de trabalho e de vida.
O evento ficou conhecido como “Pão e Paz”. Isso porque as manifestantes também lutavam contra a fome e a primeira guerra mundial (1914-1918).
Ainda que existam diferentes versões sobre a origem da data, ambos os movimentos tinham o objetivo de alertar sobre o estado insalubre de trabalho que as mulheres estavam sujeitas.
Diante desse panorama, a criação de um dia dedicado à luta das mulheres foi sendo delineada por manifestações que ocorreram concomitantemente nos Estados Unidos e em diversas cidades da Europa em finais do século 19 e início do século 20.