Todos precisam viver essa sensação. Quantas vezes nos deparamos com o desejo de realizar algo e, na correria do dia a dia, deixamos esse desejo passar.
Os sonhos, para serem realizados, é preciso que se acredite neles, transformando-os em ação. A Bateria de Escola de Samba (SAMBAFAM) deu o exemplo a todos os sonhadores.
Alguns sonhos podem ser realizados apenas por você, outros precisam de mais pessoas que acreditem nele. Afinal, viemos ao mundo apenas para sonhar ou para fazer acontecer? Então, comente mais seus sonhos e encontre pessoas para sonhar e para concretizar juntos.
Nos últimos 30 dias, vivemos uma bela experiência. Os amigos da Fam (Fanfarra dos Amigos – um outro sonho já realizado) se uniram e formaram uma Bateria de Escola de Samba, a SAMBAFAM. No início, ainda com duvidas quanto ao sucesso da atividade, recebeu o apoio de pessoas incríveis, como o Carlos Guardia, da empresa Cortag e do Luiz Dalbo, secretário de Cultura e Turismo.
Pouco a pouco, pessoas de 10 a 74 anos, homens e mulheres das mais diferentes raças e cores começaram a se juntar na busca de aprender o som da batida do Carnaval. Som que foi sendo lapidado pelo nosso mestre de bateria Beto Rahal, que contou com o apoio do Quinho, no surdo, e da Lito, no repinique, ambos da velha guarda da Unidos do Tucura.
Entre os sonhadores é preciso falar da Bel, que passou por uma cirurgia de quadril e, mesmo não podendo andar pelos próximos seis meses, participou de cadeira de rodas com seu esposo, o Tito, que fez todos os transportes aos ensaios e ainda segurou firme o surdo de marcação.
As chuvas de janeiro complicaram, mas não impediram a realização de ensaios embaixo d’água, sob as árvores da Praça 250 anos. Tudo foi motivo para fortalecer uma família que, mesmo acordada, sonhava junto.
Com muitas provações, conseguimos concretizar essa proeza, em uma cidade que as baterias de samba acabaram há mais de 30 anos e com pessoas que talvez nunca tivessem imaginado que voltariam a tocar ou que seriam sambistas, cantores e passistas.
O mais interessante nos sonhos é que sempre há outras pessoas que sonham com algo semelhante e isso aconteceu, dessa vez com o Fernando Lino, que também possuía o desejo da alegria do samba e juntos começamos o que hoje é uma bela realidade.
O meu desejo é fazer desse exemplo algo que seja transformador. Nossa cidade precisa de ações e de pessoas criativas que gerem movimentos. O movimento cria a realidade que transforma as nossas vidas e quem sabe a nossa Mogi Mirim, um dia, possa ser chamada de Cidade Criativa (ouvi essa frase do amigo Vicentinho Muniz e gostei).
Obrigado a todos por acreditarem e participarem!
Viva a Cultura, viva o Samba, viva a Família. Confiem em seus sonhos.
Fiquem com Deus!