sexta-feira, novembro 22, 2024
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A bordo de um navio cruzeiro: saiba como é o trabalho de um tripulante

Muitas pessoas se sentem incomodadas com a rotina, com o marasmo do dia a dia, e buscam outras formas de viver. Há pessoas que caem na estrada, vivendo apenas da produção de seus artesanatos, aquelas que vivem de cidade em cidade se apresentando nos picadeiros, quem prefere ganhar a vida entre as nuvens e também quem escolhe viver a vida a bordo de um navio! Nhenrique Bueno, que é de Mogi Guaçu, é uma das pessoas que preferem o azul dos oceanos. Há três anos, ele atua como barman em navios de cruzeiro da empresa italiana, chamada MSC, fazendo roteiros nacionais e internacionais. Em férias na região até ontem, Nhenrique concedeu uma entrevista ao O POPULAR. Neste momento, ele deve estar a caminho da Alemanha!

Nhenrique, hoje tem 39 anos, e contou que antes de começar a trabalhar em navios, não havia feito nenhum cruzeiro sequer. No entanto, quando soube das experiências vividas por um amigo, que atuava em navios, logo pensou em mudar de vida e cair no mundo novamente! Novamente, porque Nhenrique antes de começar a trabalhar em navio já havia vivido experiências internacionais, inclusive, chegando a morar por quase seis anos na Inglaterra. Ele chegou a voltar para Mogi Guaçu, abrir um bar, mas uma vez tendo desbravado o mundo, a cidade para ele ficou pequena demais.

“Eu estava cansado da rotina, estava me sentindo muito preso, numa vida sem ação e sem emoção. O que me despertou para trabalhar num navio foi a vontade de viajar e ao mesmo tempo ser remunerado”, revelou.

Em três anos de trabalho na MSC, Nhenrique viajou cerca de 40 países, entre eles: Croácia, Noruega, Alemanha, Dinamarca, Itália, Portugal, Rússia, Espanha, França, etc. Pela América Latina ele também viajou bastante, passando por Buenos Aires, Punta Del Leste, Rio de Janeiro, Ilha Grande, Ilha Bela, Búzios, Recife, Salvador, etc.

 

Rotina a bordo

Nhenrique Bueno contou que ele viaja por contratos que duram cerca de nove meses. Nesse período, ele é convocado para atuar nas viagens e só depois é que ele retorna para a casa, em Mogi Guaçu. “A cada contrato o que muda é o roteiro, o tamanho da equipe e o público. Nós temos uma folga semanal e quando o navio está atracado temos a oportunidade de conhecer o País”, detalhou.

A carga horária, de acordo com ele, é bastante intensa e pode chegar até 12 horas por dia. No entanto, o período é quebrado entre os horários de pico, como café da manhã, almoço e jantar.  Se você se empolgou com a vida que leva Nhenrique e gostaria de trabalhar em navios, saiba que, como ele revelou, também e preciso ter em mente que é exigido dos tripulantes muita disciplina. “É questão de cumprir horário, estar com a aparência e roupa impecável, todo o dia fazer a barba, ter em mente que vai lá para trabalhar. Em nove meses você só pode receber três advertências, se receber mais do que isso é desembarcado na hora”, contou.

Financeiramente, Nhenrique conta que o valor recebido é muito satisfatório e que não gastam nada com moradia (que são as cabines), almoço, jantar e uniforme.

Como começar?

O primeiro passo é procurar uma agência de contratação marítima. Nhenrique atua pela empresa Valemar, de São Paulo, mas há outras oportunidades em outros estados.

Feito isso, você passará por uma entrevista via internet para avaliar seu inglês e espanhol (obrigatório o inglês como primeira língua, sendo fluente de preferência), por cursos de integração e de salvamento e, se aprovado, estará apto para embarcar! Mas atenção, os cursos são pagos.

No navio, as equipes variam em tamanho e em nacionalidade. “A equipe é uma mescla de muitas culturas, tem tripulantes italianos, hondurenhos, croatas, ingleses, argentinos, indonésios e a maioria com idade entre 20 e 25 anos, mas também tem pessoas com mais idade”, finalizou.

Por enquanto, ele pretende continuar levando a vida navegando pelo mundo, mas no futuro quem sabe abrir o próprio negócio. Enquanto isso, Nhenrique segue a vida conhecendo outras realidades e paisagens que, como ele disse, parecem pinturas de tão perfeitas.

 

 

 

 

 

 

 

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