sábado, abril 19, 2025
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A cara da nova Câmara Municipal; nove ocupam a cadeira pela primeira vez

A partir de 2017, o cenário da Câmara Municipal estará repaginado. Dos 17 eleitos, cinco conseguiram a reeleição. Dos outros 12, nove nunca ocuparam a cadeira no Legislativo. Outros três, o vice-prefeito Gerson Rossi (PPS), Magalhães da Potencial (PSD) e Moacir Goleiro (PMDB) já aturaram como vereador. Em entrevista ao O POPULAR, os eleitos falaram sobre a campanha, os resultados e expectativas para os quatro anos na Casa de Leis. Confira o perfil dos futuros vereadores.

Experiência
Após o quarto convite para entrar na disputa, hoje mais maduro, Alexandre Cintra (PSDB) teve 531 votos. “Foi uma surpresa porque não tive tempo. A campanha foi feita pelos meus amigos”, contou. Formado em Educação Física, Cintra trabalha, hoje, como coordenador de eventos. Com 14 anos de experiência na administração pública, ele assumirá uma das cadeiras no Legislativo para militar pela Cultura, área que faz parte de sua história. Na Câmara, promete pensar sempre no coletivo.

“Joelho no chão”
Treze meses coordenando a Secretaria de Cultura e Turismo do governo Stupp, André Mazon agora fará parte do Legislativo. O advogado, eleito pelo PTB, foi o 17° colocado, o último da lista. Sabia que não seria fácil, pois também disputava a cadeira com a colega de sigla, Daniela Dalben. “Na última semana, eu tive motivos para acreditar que seria eu. Gastei o joelho no chão”, afirmou, ao relembrar sua posição. Como já era esperado, as bandeiras de Mazon serão Cultura, a causa animal e o Esporte.

Comoção
O comerciante Luiz Roberto de Souza Leite, o Chupeta (PSDB), disse que o momento foi “só alegria”. Para quem já tinha tentado uma vaga, por outras vezes, o resultado foi satisfatório. Foram 564 votos. “Batia na trave e não entrava”, relembrou. Chupeta é técnico em Contabilidade e proprietário de uma loja há 45 anos. Como vereador, disse que dará prioridade à Saúde, mas, em primeiro lugar, pretende avaliar a situação da Prefeitura.

Funcionalismo
Gerente de Transporte Escolar até março, Cristiano Gaioto (PP) disse que entrou para ganhar. Em sétimo lugar, se elegeu com 719 votos, o que avaliou como acima das expectativas. “Quem me elegeu foi o funcionalismo. Eu chefiei cerca de 500 funcionários. Eles abraçaram a causa”, destacou. O ex-gerente garantiu que vai concentrar forças nas áreas da limpeza pública, setor no qual ficou à frente por um ano e meio, no governo Stupp, transporte e zona rural.

Veia jornalística
Primeiro jornalista a assumir uma vaga no Legislativo, Geraldo Bertanha, o Gebê, se lançou na política em 1996, quando tentou se eleger vereador pelo PMDB. Dessa vez, entrou com 747 votos, na 6ª posição. A vontade em ser candidato ressurgiu por conta da área social, com a qual pretende trabalhar. Gebê quer ser atuante nos conselhos municipais, atualmente esquecidos. A veia jornalística só tem a contribuir.

Recomeço
Vice-prefeito, formado em Direito e pós-graduado em Gestão Pública, Gerson Rossi (PPS), com uma imagem desgastada, mesmo após romper com Stupp, disse que saiu candidato para defender sua história política de 15 anos. “Foi uma surpresa (a votação) nesse sentido”, declarou. Com 451 votos, Rossi foi 16° colocado. O vice, que nunca pensou em se esconder, agradeceu a segunda chance. “Se eu me queimei por causa desse governo, vou renascer das cinzas”, reforçou. Rossi, que também já exerceu o mandato de vereador por quatro anos, garante que com seu conhecimento, até em outras áreas do Executivo, pretende colocar seu nome à disposição para a presidência do Legislativo e ser o elo entre os dois poderes. Na Câmara, trabalhará pela Saúde, Agricultura e Meio Ambiente.

Reconhecimento
Vereador por quatro anos, Magalhães da Potencial (PSD) já esperava ser eleito. Isso porque, durante seu mandato, o empresário disse que exerceu a função sempre em prol da população. “Agora veio o reconhecimento nas urnas”, concluiu. Quanto à postura, nada deve ser mudado. “Vou continuar lutando pelo povo e fiscalizando o Executivo”, garantiu. Magalhães acredita que a saúde e o desemprego estão entre os principais problemas da cidade. No entanto, afirmou ser difícil já ter um projeto em mente nessas áreas. “A gente não sabe como está a Prefeitura”, ponderou.

Presente
“Surpresa não foi”, afirmou Marcos Gaúcho (PSB), de imediato. Motorista do departamento de Saúde há 10 anos, filho de Toninho de Gaúcho, que foi vereador de 2004 a 2008, no governo Carlos Nelson, ele atribuiu a vitória como um presente ao pai e à população. Conquistou o 5° lugar, mas garantiu que “não quer receber isso (uma cadeira na Câmara) como status”. Com curso técnico na área de Enfermagem, Marcos Gaúcho fará frente pela área da Saúde. Suas bandeiras também serão a Educação e Segurança Pública.

Retorna
Candidato a vice-prefeito, nas eleições de 2012, ao lado de Flávia Rossi, Moacir Goleiro (PMDB) recebeu 828 votos nas urnas. Ele, que já foi vereador no período de 2009 a 2012, disse que já esperava por um resultado favorável devido ao trabalho realizado enquanto esteve na vida pública. Além de fiscalizar o próximo prefeito, dará atenção especial às áreas da Saúde e Educação. Técnico em Contabilidade, ele já foi goleiro profissional, técnico de futebol e ainda atuou como professor de Educação Física. “Foram quatro anos sofridos. Quero fazer 100% nessa função”, avisou.

Unir forças
Formado em Teologia, Samuel Cavalcante foi eleito com 497 votos pelo PR. Otimista, o administrador disse que já esperava ser o mais votado do partido. “Eu tinha certeza que o PR faria um candidato. Foi apertado, mas dei sorte”, comemorou. Cavalcante, que já atuou na área cultural da gestão de Gustavo Stupp (PDT), acredita que agora o momento é de “unir forças”, principalmente por conta da atual situação da cidade. Embora, tenha destacado a Educação, ele disse que pretende se dedicar às questões da saúde pública e à Santa Casa onde atua como voluntário.

Baixo custo
Policial Civil, Sonia Módena foi eleita com 546 votos. Ela e Maria Helena (PSB) são as únicas mulheres no Legislativo. Com uma campanha de baixo custo, conquistou o eleitorado com a bandeira da proteção animal. Satisfeita com o resultado, a futura vereadora garantiu que trabalhará também pela segurança do município.

Independência
Eleito pelo PMDB, com 674 votos, o ambiente não será novidade para o advogado Tiago Costa, que já frequentava as sessões do Legislativo. Costa aguardou pelo resultado com “o pé no chão”. “Não tinha certeza, a descrença está muito grande”, afirmou. Sua marca será buscar total independência do Poder Executivo, o que considera um desafio. “Tudo tem que ser argumentado. Não pode ser não por não e sim por sim”, avaliou. A linha de trabalho do futuro vereador, pós-graduado em Direito Tributário, terá como foco a fiscalização do dinheiro público.

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