Respeitáveis leitores, parece incrível uma segunda-feira com duas sessões ordinárias e outras duas extraordinárias – no mesmo dia – durar menos de três horas, sendo que, normalmente, uma única sessão ordinária passa de quatro horas entre votação e discussão de projetos e mais disse-que-me-disse.
Pode-se dizer que foi uma noite produtiva? Mais ou menos. As duas ordinárias foram exclusivas para votação da LDO, aprovada, sem quase nenhuma discussão. E as extraordinárias, convocadas para votação, em dois turnos, do corte parcial das FG’s do servidores de carreira, não teve votação dos cortes das FG’s. O projeto foi retirado da pauta. Obviamente.
Mas o que chamou mesmo a atenção foi o “puxão de orelha” do vereador Magalhães em todos os colegas para que deixem de falar de rachadinha ou de atestados falsos na tribuna da Câmara. “Peço ao Samuel, ao Tiago e ao Moacir que não falem mais nada. Essa discussão tem que ter um ponto final… Para a população não achar que isso aqui é um circo”, bradou.
E todos se calaram.
A Câmara de Mogi Mirim pode mesmo não ser um circo, e não deve sê-lo. Por outro lado, muitas vezes, seus membros se portam como atores de teatro chanchada, tentando chamar a atenção como podem. O Poder Legislativo é, contudo, uma Casa de Leis, uma casa política, portanto. Não uma casa de Justiça, onde, muitas vezes, se guarda segredos para se chegar ao objetivo.
E como Casa de Leis – e política – o “teatro” em volta de qualquer tema que seja, até mesmo sobre rachadinhas e atestados falsos, faz parte da peça. Como a população e os eleitores vêem isso é problema de cada um no palco. Cada ator que responda pelos seus atos. Que se joguem no palco, sim, em vez de se esconderem atrás das cortinas. Antes pagarem pelo que falam do que pelo pecado da omissão. É mais transparente, não?
Por hoje, só sexta que vem.