A chegada do carro autônomo no mercado não depende apenas do desenvolvimento total da tecnologia e nem mesmo da infraestrutura necessária para que o veículo possa ler as sinalizações (horizontais e verticais) nas ruas e rodovias. Depende também da adaptação na legislação de trânsito.
De quem será a culpa do caso de um acidente? Do dono do carro, da montadora, do fabricante da tecnologia autônoma? Ainda há muito a se discutir sobre o assunto. Uma das questões que preocupam consumidores e autoridades é a possibilidade do ocupante do carro ingerir bebida alcoólica.
Dirigir sob o efeito de álcool é ilegal, mas no carro autônomo a pessoa não está dirigindo. Além disso, o carro autônomo terá um responsável ou todos os ocupantes serão responsabilizados em caso de acidente?
Órgãos de trânsito de alguns países já começam a legislar sobre o assunto. Na Austrália, a Comissão Nacional de Transporte considera que num carro autônomo, o ocupante é um passageiro e, portanto, poderia estar embriagado.
Psicológico
O motorista que causar um acidente grave terá que passar por uma avaliação com um especialista em Psicologia do Trânsito. A nova medida faz parte das modificações no Código Brasileiro de Trânsito que passou a vigorar em abril e visa, segundo o médico Alysson Coimbra, coordenador da Mobilização Nacional de Médicos e Psicólogos Especialistas em Trânsito, minimizar a deficiência na avaliação psicológica dos nossos motoristas.
O motorista terá que submeter também à avaliação se for condenado por delito de trânsito ou se for pego colocando em risco a segurança de pedestres e outros motoristas, por exemplo, quando flagrado fazendo racha.
Nove em cada 10 acidentes são causados pelo fator humano. Só 10% têm como causa problemas no veículo ou na via. Por isso os especialistas consideram essencial o acompanhamento dos infratores na prevenção de mortes e feridos. (Com informações da Autoinforme)