sábado, novembro 23, 2024
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A dura realidade sem Cultura

Mogi Mirim sofre nos últimos anos e a situação tem piorado recentemente. O ano de 2015 foi de muito sofrimento, com uma avalanche de notícias negativas. Nas mais diversas áreas, os munícipes se veem diante de um cenário nada animador.

Na Saúde, a situação é alarmante, bem diferente da expectativa criada com as promessas realizadas no período de campanha eleitoral de Gustavo Stupp, que apresentava um futuro animador. Nos outros campos, os problemas continuam existindo. A cidade está repleta de buracos e matos e o munícipe apresenta a autoestima abalada.

A Cultura está relegada a um plano bem próximo do lixo na atual gestão e, se não bastassem tantos pontos negativos, a Administração pode novamente não realizar o Carnaval, que seria um sopro de lazer para a população. A Cultura e o Lazer também são setores que merecem atenção do governo municipal.

Pelo conhecido perfil descontraído de Gustavo Stupp, apaixonado por curtir a vida com festas como grande parte dos jovens da cidade, se esperava uma Mogi Mirim no mínimo com divertimentos. Um município governado por Stupp sem Carnaval era um cenário inimaginável antes das eleições. Dois anos seguidos sem Carnaval em uma cidade com tradição no setor é algo capaz de ferir a história mogimiriana.

O ano de 2016 começou mal e ao menos sensações agradáveis poderiam ser produzidas com um evento carnavalesco. A população merece ser tratada com respeito e levar alegria aos cidadãos faz parte das missões dos governantes. É evidente que as festividades não resolveriam os problemas. Na Quarta-feira de Cinzas, a realidade bate à porta e a ressaca das verdades nuas e cruas suplantam a fantasia.

Porém, o mais triste seria saber que a realidade continuará dolorida antes e depois do Carnaval, mas os munícipes podem não ter um momento para se divertir na cidade oferecido pelo governo municipal. As festividades podem servir como um bálsamo passageiro para a sofrida população.

A crise não serve de justificativa para maltratar a Cultura e o lazer. Se não há possibilidade de se realizar um grande evento, no mínimo a Secretaria de Cultura deveria utilizar a criatividade para promover um Carnaval interessante e econômico, atraindo a participação da sociedade.

Quando há boa vontade, respeito e, especialmente, competência, é possível promover eventos de qualidade sem custos vultosos. Além disso, a crise dificulta aos munícipes buscar alternativas fora da cidade, aumentando ainda mais a importância de eventos em Mogi.

É preciso lembrar que a Secretaria de Cultura é formada por profissionais remunerados para pensar e desenvolver atividades É inadmissível que pelo segundo ano consecutivo o Carnaval passe em branco. A Prefeitura até a manhã de ontem não havia anunciado uma decisão quanto à realização do evento, sinal de falhas de planejamento. A população merece uma resposta positiva.

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