Nos poucos meses em que grassou (setembro, outubro e novembro), causou cerca de 21 milhões de mortes no mundo, superando a quantidade de militares e civis mortos nas duas grandes guerras mundiais.
Quando apareceu no Brasil, foram tomadas urgentes medidas: decretou-se três dias de feriado, paralisou-se a indústria e o comércio. Em Mogi Mirim, diversas medidas surgiram: interromperam-se as sessões de cinema, proibiu-se concertos musicais em locais públicos, suspenderam-se as aulas do Grupo Escolar Cel. Venâncio.
O Cônego Moysés Nora efetuou o fechamento provisório do Colégio Imaculada, suspendeu-se diversas atividades religiosas e os médicos recomendaram medidas sanitárias ao povo.
Os primeiros casos de gripe espanhola em Mogi Mirim ocorreram no dia 24 de outubro de 1918, atacando o jovem Ernani Bueno e duas pessoas da família de dona Anna Novais de Lima. Preventivamente, diversas decisões foram tomadas.
A Companhia Mogiana suprimiu os trens noturnos, temporariamente; efetuou-se rigorosa desinfecção no prédio da cadeia; proibiu-se o funcionamento do Cine Brasil; proibiu-se a venda de bebidas geladas; obrigou-se os hotéis e pensões da cidade a comunicar casos da gripe em hóspedes.
Outras proibições: visitas ao Cemitério Municipal da Avenida da Saudade; bailes públicos ou particulares; corridas de cavalos no município; exportação de ovos, galinhas e aves produzidas em Mogi Mirim (acreditava-se que eram produtos indispensáveis e poderosos para combater a gripe).
Alarmado, o povo retirava-se para os sítios e fazendas, longe das aglomerações e julgando que, assim, ficaria livre da epidemia. Também recorriam a remédios caseiros, como chá de ervas, xaropes, pinga com mel, canjas de galinha e o consumo de ovos em grande quantidade, suco de limão e outros.
Locais públicos foram transformados em hospitais provisórios, como o Grupo Escolar Cel. Venâncio, a Igreja do Carmo, o Colégio Imaculada e a cadeia. Nesse último local, todos os presos e policiais, incluindo o carcereiro e o delegado Pedro Ferreira Alves foram atacados pela gripe. Calcula-se, extraoficialmente, que mais de 5.000 pessoas foram atacadas pela gripe em Mogi Mirim e com o falecimento de cerca de 20 doentes.
Somente três médicos permaneceram no atendimento aos doentes, os doutores Altino, Telles e Matta, sendo que os demais se ausentaram da cidade, com receio de contrair a doença.
O prefeito municipal de Mogi Mirim, o capitão Francisco Ferreira Alves, teve papel preponderante nas medidas tomadas contra a gripe, com o povo agradecido à condição de herói, quando viram ele, o incansável Chico Venâncio, arregaçar as mangas e trabalhar como enfermeiro voluntário nos hospitais provisórios.
Repentinamente como chegou, a gripe desapareceu e já no dia 12 de dezembro de 1918 foi declarada oficialmente extinta na cidade e município.
Preceitos Bíblicos
“Disse Jesus: Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem come deste pão viverá eternamente”. (João 6, 48-49-51)).
Túnel do TEMPO
18 de fevereiro de 1887 – Nessa data foi inaugurada a primeira praça ajardinada de Mogi Mirim, a Praça do Largo do Carmo, hoje denominada Floriano Peixoto e popularmente o nosso Jardim Velho. Restam, da época, duas figueiras portuguesas, hoje com 134 anos.
Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos
Pontos de venda em Mogi Mirim
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