O leitor de O POPULAR pode acompanhar o jornal, através dessa coluna, cobrar, de forma verdadeira, contundente e realista, um trabalho de excelência da Prefeitura Municipal, visando contribuir, dia a dia, para uma melhor qualidade de vida das quase 92 mil pessoas residentes no município. Não se trata de críticas infundadas ou sem nexo, mas sim de uma cobrança forte no sentido de evolução, desenvolvimento e avanço de uma cidade reconhecidamente bem vista em todo o país e com potencial de crescimento gigantesco.
Se a realidade atual ainda está bem longe do que se era esperado, a Administração Municipal mostrou, na última semana, que com planejamento, foco, união e profissionalismo, dias melhores são perfeitamente possíveis para Mogi Mirim.
No ano em que a cidade completa 250 anos, no dia 22 de outubro, o Poder Público apresentou uma comissão organizadora responsável por cuidar, nos mínimos detalhes, de uma programação recheada de eventos alusivos ao aniversário, em iniciativa não só apenas para o calendário cultural da cidade, mas para sua trajetória, tão rica em termos históricos.
Será sob a batuta de um grupo de 20 pessoas a regência de uma festa que promete colocar Mogi no pedestal em que ele merece. Com uma programação farta, tomada por shows, apresentações artísticas e musicais, exposições, eventos esportivos e tantos outros, ainda guardados a sete chaves, a expectativa é de que, finalmente, o Dia da Cidade seja lembrado da maneira como merece. O calendário prevê compromissos a partir do final deste mês até outubro. A ficha de que a monotonia atual não poderia seguir no dia mais importante do ano caiu.
A comissão por si só já merece elogios por sua variedade. São nomes de renome na música, na arte, na dança, na cultura de uma maneira geral. No ramo empresarial, assistencial, educacional, esportivo. Tem tudo para dar liga.
Esse será o desafio da comissão. Apresentar um trabalho nota 10. Nos últimos anos, Mogi Mirim viu seu aniversário passar quase que despercebido. Na gestão de Gustavo Stupp, com exceção do primeiro ano, nenhum evento, tendo como justificativa a crise financeira. Nos dois primeiros anos de Carlos Nelson, muito pouco para homenagear a cidade. O primeiro passo foi dado e isso merece ser elogiado, uma sinalização otimista, mas que precisa ser transformada em ações concretas.
O próprio Marquinhos Dias, secretário de Cultura, e membro da comissão, já mostrou que é possível fazer muito com pouco recurso. Essa ajuda pode ser bem explorada, somada à experiência de integrantes consagrados em seus ramos, e que depositarão todo o conhecimento na causa. Bola dentro da Prefeitura, tão acostumada a ser a vilã da partida e decepcionar seus torcedores, no caso, o povo. Carlos Nelson e a comissão têm a oportunidade de fazer história.