Gente do céu! Essa semana, aconteceu uma coisa muito legal, que realmente me faz acreditar nas pessoas. Há pessoas boas e também ruins, óbvio. Mas eu gosto de ser do bem e também gosto de quem prefere ser, digamos, gente boa. Então, foi assim: toda terça-feira, vou para Conchal, onde dou aulas, e passo em uma padaria comprar um lanchinho para ir comendo no carro, que é o que dá tempo entre as aulas do período da manhã e da tarde. Aí eu comprei um pacotinho de balas e esqueci na padaria porque fiquei conversando demais com a moça que me atendeu, obviamente, hehe. Eu vi que esqueci quando estava no caminho e não voltei ao local porque não dava mais tempo. Mas essa semana eu passei lá…
A minha surpresa foi que, logo que entrei, a atendente já disse: “moça, você esqueceu seu pacotinho de Halls aqui naquele dia”. Eu já tinha até esquecido porque umas duas semanas haviam se passado. Mas, ela não esqueceu, e logo que paguei meu tradicional lanchinho, o Halls veio acompanhando o troco.
São singelas coisas que mostram que ainda há pessoas do bem e que são honestas. Eu tenho pavor de desonestidade e morro de medo de ser. Tenho medo também de ser injusta e também de ser do mal com alguém. Às vezes, pode ser que tenha sido porque o que pode ser justo para mim pode não ser para o outro, etc. Mas imaginem como que o mundo poderia ser melhor se, ao menos, as pessoas pensassem mais sobre isso antes de sair agindo por aí. Tenho certeza que muitas coisas não iriam ocorrer.
Uma vez aconteceu uma coisa comigo que muitos podem até julgar como nada a ver minha postura, mas eu acredito na honestidade. Eu não finalizei uma compra de livro em um site, mas, não sei porque, a obra chegou em casa pelos Correios. Era o livro que eu queria, mas eu devolvi, mandei de volta porque não era meu. O que não é meu não me pertence. É isso. Prefiro ser assim. Tem gente que pode pensar, mas que tonta! Ficasse com o livro! Mas não é ser tonta, é ser justa. Por alguns acharem que sempre podem passar a perna nos outros que estamos com o Brasil desse jeito, não é mesmo?
Ludmila Fontoura é jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a Puc-Campinas, além de Historiadora e pós-graduada em História Social pelas Faculdades Integradas Maria Imaculada de Mogi Guaçu, as Fimi.
[email protected]