quinta-feira, setembro 19, 2024
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A importância de valorizar o que vem antes de findar

A cantora e agora escritora Rita Lee lançou, na última semana, sua obra infantil, chamada Amiga Ursa: Uma história triste, mas com final feliz. O lançamento ficou abarrotado de pessoas, que precisaram pegar fila e senhas para ter acesso à estréia. Pois bem. Mas, nem é sobre isso exatamente que queria dizer, mas sobre o fato de que nessa semana passei a ouvir um pouco mais de Rita, especialmente a música que ela diz que Tudo Vira Bosta, no caso, é o título da canção. A música tem tudo a ver pelos momentos que passamos, sendo o seu início maravilhoso, mas que, geralmente, acaba em uma “caca” só. Foram várias coisas que me ocorreram nos últimos dias e anos que me fazem ver como essa música é real. Alguns trechos para você acompanhar o raciocínio:

“O ovo frito, o caviar e o cozido
A buchada e o cabrito
O cinzento e o colorido
A ditadura e o oprimido
O prometido e não cumprido
E o programa do partido
Tudo vira bosta…”

Então, que passamos a conversar na redação sobre situações e como tudo é perecível, tendo seu prazo para acabar. Nós somos seres perecíveis, nossos telefones são perecíveis (inclusive, o do Diego, que trabalha aqui no jornal também, faleceu essa semana), as plantas nascem e morrem, os relacionamentos acabam muitas vezes, o que comemos acaba digerido e vai embora, muitas amizades se desgastam e se vão e muitas coisas ainda iremos perder.

O início de tudo é contagiante, mas muitas vezes os finais são tão trágicos. Haja esforço para entender que nem tudo vira bosta, como Rita Lee diz, mas que são ciclos que se fecham para que novos comecem.

Que possamos valorizar o que há dentro desses ciclos, aproveitando ao máximo antes deles serem findados.

 

Ludmila Fontoura

jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, a PUC-Campinas, além de Historiadora e pós-graduada em História Social pelas Faculdades Integradas Maria Imaculada de Mogi Guaçu, as Fimi.
mundodevariedade2@gmail.com

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