A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta em relatório recente. Quase 500 milhões de pessoas vão desenvolver doenças cardíacas, obesidade ou outras doenças atribuídas à inatividade física entre 2020 e 2030.
A inatividade física é definida como a não realização de exercícios físicos, de moderados a vigorosos, durante o tempo recomendado de 150 minutos semanais, de forma planejada, estruturada e intencional. Isso significa uma média de prática de pelo menos 21 minutos/dia.
Segundo o médico cardiologista do Imperial College de Londres, Ricardo Petraco, o desafio para a mudança desse cenário é gigantesco, já que ainda estamos vivendo um estilo de vida pós pandêmico, que não favorece a atividade física.
Muitas pessoas ainda permanecem longos períodos no computador, usam o telefone pra tudo, realizam tudo virtualmente, inclusive compras em supermercado. E você sabe qual a importância de reduzir os níveis da inatividade física? A prática do exercício físico regular é fundamental para prevenir e tratar doenças crônicas não transmissíveis (DCNT’s), como as cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, diabetes, alguns tipos de canceres, depressão e hipertensão.
Para não fazermos parte dessa parcela de fisicamente inativos mundialmente caracterizados, necessitamos manter hábitos saudáveis e modificar as rotinas que apresentem completa ausência de exercício físico. Sim, nos referimos aqui à prática sistemática do movimento corporal, ou seja, dividir ao menos esses recomendados 150 minutos semanais com alguma atividade regulada, não somente de vez em quando. É fundamental e, um papo sério, a constância.
Não estamos falando em se tornar um atleta profissional, longe disso. Estabeleça metas realistas, procure por uma prática que lhe dê prazer, estabeleça um horário e não o trapaceie, e vá no ritmo de seu condicionamento físico atual. Respeite e ouça seu corpo, ele quem vai determinar tanto o limite do esforço, como quando será possível aumentá-lo. São as escolhas de todos os dias que podem nos manter saudáveis.