Estamos a menos de 11 meses da próxima eleição. No dia 4 de outubro de 2020, as cidades sem projeção de segundo turno terão eleitos os próximos prefeitos e vereadores. Mogi Mirim, mais uma vez, colocará 17 nomes na Câmara. E contará com um novo ou a manutenção do atual chefe do Executivo.
Por mais que o brasileiro fale cada vez mais sobre política, há ainda muita alergia ao tema. Um afastamento que é prejudicial por esta maioria deixar de acompanhar, entender e saber como funciona uma das etapas mais fascinantes e, muitas vezes, sujas da política tupiniquim: a corrida eleitoral. Ainda distante do início oficial, a eleição já está aí. Reparem nas falas.
O prefeito não confirma que vai, como já fez em outro momento e acabou indo. Há membro do atual governo que já saiu do barco, mas não indica nem que vai e nem que não vai. Pode apoiar ou buscar apoio. Tem ex-prefeito que garante que vai. Há ex-prefeito que garante que não vai. E quem garante como será? E com quem irão?
Há candidatos derrotados em outros pleitos com pré-lançamento. Ao menos de véspera. Há ex-vereadores e líderes de partidos que também estão nessa. Há estreantes na política tradicional, mas com currículo conhecido de todos em outras esferas, se apresentando como alternativa. Há de tudo e todos estão na fase do xaveco eleitoral.
É hora de paquerar o eleitorado. Sentir se tem chances. Ou se vai ficar no zero a zero. Ao mesmo tempo, o triângulo amoroso da política indica namoricos às escondidas ou às claras com potenciais concorrentes. Quem puder mais, vai chorar menos. E aparecer com o nome na urna para você votar.
É um jogo fascinante, que envolve interesses pessoais e coletivos. Dinheiro e amor pela cidade. Poder e sentido de cidadania. Joio e trigo inseridos na mesma receita. É a hora em que o eleitor deve estar mais atento.
A eleição é só a reta final de um campeonato que já está na fase preliminar. E é fora dos holofotes que tudo poder acontecer. Fique ligado nos potenciais candidatos.
Preste atenção se a palavra de hoje estará firme no dia 4 de outubro de 2020. Se as linhas de conduta foram, de alguma forma, deturpadas por negociatas para a formação de chapas, coligações. A corrida ainda não começou, mas os treinos livres estão mais do que liberados. Mesmo que não devesse, vale tudo. Estilo “Corrida Maluca”.
E como julgadores desta prova, somos obrigados a evitar que algum Dick Vigarista cruze a linha de chegada em primeiro lugar. Desde já, ótimas eleições, caro eleitor!
