Amigos leitores do jornal O POPULAR, chegamos a 252 anos. Nesta sexta, em mais um 22 de outubro, Mogi Mirim celebra aniversário. Não estamos em tempos de grandes festas, é verdade. A vacinação tem avançado e os casos de Covid-19 diminuído. Mas precisamos seguir em alerta. Até porque, com tanto negacionismo por aí, a luta segue árdua. Mas venceremos. Sempre vencemos.
Mogi Mirim já venceu muitas vezes. E, digo isso, no cenário esportivo mesmo. Não vou me enveredar pelos caminhos mais antigos de nossa história. Deixo isso aos colegas que se jogam em livros, arquivos e no que mais contribui para manter viva a nossa memória. Mas posso falar por mim.
Sempre fui leitor de jornal. Folheio as páginas de O POPULAR desde o seu início. Como também já li muito O Impacto e A Comarca. Aliás, sou grato por poder rabiscar meus devaneios por aqui, mas, mais ainda, por viver em uma cidade tão rica quando o assunto é jornalismo. E jornalistas também.
Grandes referências, algumas que se tornaram colegas, anos mais tarde, escreveram sobre as vitórias de Ivan Albano e Fábio Carvalho no triatlo. Entre outros nomes desta modalidade que sempre fez Mogi Mirim se destacar por aqui e até fora do país. Também com muita água na trajetória, temos “Os Ricardos”. Martiniano e Cintra são monstros. Treinadores de nomes que não nasceram aqui, mas são apaixonados por Mogi, como Conrado Lino e Poliana Okimoto, cada um com suas glórias. Ah, somos gratos. Aliás, em tempo, um Feliz Dia do Professor para todos, aproveitando a deixa com estas duas lendas.
Assim como também são fantásticos os feitos de Dirceu Paulino no voleibol. Chegou a ser recordista de pontos na Superliga e ganhou várias vezes o principal torneio nacional. Hoje está na política, mas é eternamente ligado ao esporte. Não tem jeito. De uma modalidade habitual para uma que jamais me aventurarei a praticar, o ski. A Mirlene Picin é heroína demais. Do interiorzão ela sai e ganha medalhas na neve. Sou fã, não nego. Assim como do colega Filipe Manara, jornalista como eu, deficiente como eu, mas um atleta de louvor, com dois ouros parapanamericanos.
Nossa, sempre que me lanço a escrever homenagens sofro com a óbvia injustiça cometida. Afinal, eu precisaria emprestar todas as páginas desta edição para dar tantos parabéns. Que estes nomes, que representam tão bem a minha Mogi Mirim, representem os inúmeros esportistas que fazem o mesmo.
E que, neste aniversário, não nos esqueçamos do Sapão da Mogiana. Do clube que nasceu poliesportivo e hoje é alvo de interesses financeiros. A maior marca da nossa cidade está abandonado, sem advogado e refém de uma população que só vai chorar quando for tarde. Em dias de necessária luta para termos alegria, lutar para reverter o caos de uma instituição tão importante como o Mogi, que pode muito bem voltar a ser a casa poliesportiva da cidade, seria um presente e tanto para a aniversariante.