Quando era criança lembro que o Domingo de Páscoa era mágico (uma situação me marca especialmente). As crianças se reuniam na casa da Tia Vânia e cada qual tinha um caminho cheio de patinhas de coelho que levavam até os ovos de chocolate. Essa lembrança permanece viva em minha memória até hoje e fico feliz em saber que há crianças que continuam a ter contato as tradições cheias de fantasia que permeiam nossa sociedade. Nesta semana, tive contato com o trabalho realizado pela escola Sapequinha & Sei, que há 38 anos atua em Mogi Mirim, e que faz questão de anualmente trabalhar com o tema Páscoa e também com outras datas mágicas. O objetivo do relato é que vocês se inspirem para proporcionar momentos mágicos para as crianças nesse final de semana e durante toda a infância.
“Quanto mais a criança puder acreditar na fantasia, mais ela se torna alegre e criativa. O ambiente leve e afetivo desenvolve o cognitivo porque a criança se sente segura para se desenvolver”, destacou a proprietária da escola e diretora, Kátia de Oliveira Brasi, que é formada no Magistério, em Pedagogia com habilitação em administração e coordenação e ainda é especialista em educação infantil, moralidade e autonomia.
Assim, na busca pelo objetivo que é educar e transmitir a magia da data, na manhã de quarta-feira, as crianças realizaram uma série de atividades no Haras KLB. Por volta de 7h40, embarcaram num ônibus e foram para o local. Ao chegar no Haras, as crianças participaram de uma contação de história chamada Páscoa com Meiry Sambinelli Camargo, que interagiu com os alunos e usou do lúdico para tratar sobre a data.
Além disso, as crianças também puderam conhecer os alimentos que os coelhos comem e até experimentar. Garanto que vi a cenoura fazendo um enorme sucesso por lá (devoraram)!
As professoras também levaram as crianças para o plantio, afinal, de onde será que vem a comida dos coelhos? Era preciso vivenciar também essa experiência e, portanto, lá foram eles ter contato com terra e aprender a plantar alface e cenoura.
A proprietária e diretoria da escola, Kátia, acredita que é somente por meio da vivência que as crianças poderão deter o conhecimento de fato. “Quero que aprendam, mas com um ambiente gostoso e a diferença dessas crianças no mundo será promovida por meio da conscientização, gerada por meio das experiências vividas”, explicou.
As atividades realizadas na quarta-feira não pararam no plantio, pois além disso as crianças saltitaram como coelhos pelo campo e também brincaram com ovos na colher, uma atividade tão antiga, mas ainda presente na vida dos pequenos. Mímica também fez a alegria dos jovens!
Mas, a atração principal ainda estava por vir. Afinal, ainda tinha coelho e chocolate escondido no campo e se a manhã foi dedicada ao nosso amigo de olhos vermelhos e de pelo branquinho era justo ter contato com ele.
Eis que, entã,o me recordei da infância de novo, afinal, as crianças passaram a seguir patinhas para chegar até a casa decorada que estava no campo. Dentro dela, encontraram o coelhinho todo pomposo. A porta da casa foi aberta e uma criança de cada vez teve contato com o bichinho, acariciando seus pelos macios, e recebendo na saída um chocolate.
Esses foram apenas dois exemplos da tradição presente em nossa sociedade e que com toda a certeza alcançam o objetivo de Kátia, que é levar alegria para as crianças e ensinar por meio das experiências.
Se inspire você também e leve um pouco de magia para a vida dos jovens! Assim, como aponta o educador e escritor Rubem Alves, além de fazer o bem e proporcionar felicidade, você jamais deixará de existir, pois estará sempre vivo nos olhos deles. Finalizo, portanto, com a frase “Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra”.
