Mogi Mirim completa neste sábado, dia 22 de outubro, 253 anos da elevação da Freguesia de São José de Mogi Mirim ao status de Vila. Já falamos algumas vezes sobre a controvérsia entre as datas de fundação, pois há entendimento de que deveria ser considerado como marco natalício o 1º de novembro de 1751, quando se tornou Paróquia e até mesmo o 3 de abril de 1849, quando a vila passou à categoria de cidade.
Fato é que, séculos depois, aqui estamos. Mogi Mirim se tornou a ‘Cidade Simpatia’, viveu a expansão da urbanização com o êxodo rural – fato natural em todo o país – e busca, em 2022, um caminho de progresso. E, neste sentido, perguntamos? Qual Mogi Mirim você gostaria de ver daqui a 47 anos? Quando chegarmos aos oficiais 300 anos do Município, como você gostaria que Mogi estivesse? Capital do que você acha que a cidade deveria se tornar?
Como o desejo é algo individual, teorizar as respostas a estes questionamentos de forma coletiva é flertar com o erro. Mesmo assim, vamos aproveitar o clima de aniversário da cidade para arriscar. Acreditamos que todos desejam uma Mogi Mirim com mais Educação e Saúde.
Para isso precisamos muito da iniciativa pública, para que ela melhore a infraestrutura das escolas atuais e construa novos centros de ensino. Que haja a expansão da Etec e da Fatec, sobretudo, em consonância com a indústria e o comércio local, para que os cursos estejam alinhados com as necessidades das empresas de Mogi e região, contribuindo para a geração de emprego e que estes empregos sejam com qualificação, para que aqueles que pouco ganham hoje ou que nada ganham, estejam aptos não só a ter dinheiro para a sobrevivência, mas para que sobre dinheiro para gastar com lazer, com bem estar, com o futuro.
Quanto mais pessoas não só empregadas, mas com salários dignos, mais as pessoas gastarão com o comércio, com os prestadores de serviço local e, com isso, a roda gira. Além disso, quanto maior for o contato com uma educação bem estruturada e, acima de tudo, de qualidade, menor a desigualdade social e, por consequência, menor a insegurança.
Afinal, como somos reféns do capital, quanto maior a desigualdade, maior a criação de soldados para o crime, afinal, a marginalidade só existe por ser um atalho para o capital que, historicamente, está restrito a uma minoria desde que o mundo é mundo. Na outra ponta deste sonho, a saúde deve ter duas vertentes. Primeiro, prevenir. É o foco em melhores condições do atendimento básico. Isso vale para orientações dentro da escola aos mais jovens e UBS’s mais bem estruturadas.
Segundo, remediar. É o foco em um espaço para receber a todos e não só aqueles com poderio financeiro. É maravilhoso termos um hospital como o 22 de Outubro, mas ele é privilégio de poucos. Com a Santa Casa nas condições atuais, o único caminho é sonhar que, em 47 anos, Mogi tenha um Hospital Público que seja referência regional. Quiçá, estadual. Ou nacional. Oras, estamos a sonhar.
E, sonhando com a Mogi Mirim ideal de 2069, imaginamos uma área urbana que respeite o verde, gerando mais qualidade de vida.
Oportunidades iguais para as crianças e adolescentes e muito respeito com os idosos. Mais opções de lazer. Mais praças esportivas. Mais centros de cultura. Mais incentivo ao turismo, ao agronegócio, à diversidade.
Mais respeito ao próximo, mais respeito a quem pensa diferente e mais simpatia. Que ao soprarmos as velinhas dos 253 anos, possamos sonhar juntos com uma Mogi Mirim melhor para todos os que aqui estão e por aqueles que aqui estarão nos próximos anos. Parabéns, Mogi. E que venha muito mais.