quinta-feira, novembro 21, 2024
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A Mogi que queremos daqui 47 anos

Mogi Mirim completa neste sábado, dia 22 de outubro, 253 anos da elevação da Freguesia de São José de Mogi Mirim ao status de Vila. Já falamos algumas vezes sobre a controvérsia entre as datas de fundação, pois há entendimento de que deveria ser considerado como marco natalício o 1º de novembro de 1751, quando se tornou Paróquia e até mesmo o 3 de abril de 1849, quando a vila passou à categoria de cidade.

Fato é que, séculos depois, aqui estamos. Mogi Mirim se tornou a ‘Cidade Simpatia’, viveu a expansão da urbanização com o êxodo rural – fato natural em todo o país – e busca, em 2022, um caminho de progresso. E, neste sentido, perguntamos? Qual Mogi Mirim você gostaria de ver daqui a 47 anos? Quando chegarmos aos oficiais 300 anos do Município, como você gostaria que Mogi estivesse? Capital do que você acha que a cidade deveria se tornar?

Como o desejo é algo individual, teorizar as respostas a estes questionamentos de forma coletiva é flertar com o erro. Mesmo assim, vamos aproveitar o clima de aniversário da cidade para arriscar. Acreditamos que todos desejam uma Mogi Mirim com mais Educação e Saúde.

Para isso precisamos muito da iniciativa pública, para que ela melhore a infraestrutura das escolas atuais e construa novos centros de ensino. Que haja a expansão da Etec e da Fatec, sobretudo, em consonância com a indústria e o comércio local, para que os cursos estejam alinhados com as necessidades das empresas de Mogi e região, contribuindo para a geração de emprego e que estes empregos sejam com qualificação, para que aqueles que pouco ganham hoje ou que nada ganham, estejam aptos não só a ter dinheiro para a sobrevivência, mas para que sobre dinheiro para gastar com lazer, com bem estar, com o futuro.

Quanto mais pessoas não só empregadas, mas com salários dignos, mais as pessoas gastarão com o comércio, com os prestadores de serviço local e, com isso, a roda gira. Além disso, quanto maior for o contato com uma educação bem estruturada e, acima de tudo, de qualidade, menor a desigualdade social e, por consequência, menor a insegurança.

Afinal, como somos reféns do capital, quanto maior a desigualdade, maior a criação de soldados para o crime, afinal, a marginalidade só existe por ser um atalho para o capital que, historicamente, está restrito a uma minoria desde que o mundo é mundo. Na outra ponta deste sonho, a saúde deve ter duas vertentes. Primeiro, prevenir. É o foco em melhores condições do atendimento básico. Isso vale para orientações dentro da escola aos mais jovens e UBS’s mais bem estruturadas.

Segundo, remediar. É o foco em um espaço para receber a todos e não só aqueles com poderio financeiro. É maravilhoso termos um hospital como o 22 de Outubro, mas ele é privilégio de poucos. Com a Santa Casa nas condições atuais, o único caminho é sonhar que, em 47 anos, Mogi tenha um Hospital Público que seja referência regional. Quiçá, estadual. Ou nacional. Oras, estamos a sonhar.

E, sonhando com a Mogi Mirim ideal de 2069, imaginamos uma área urbana que respeite o verde, gerando mais qualidade de vida.

Oportunidades iguais para as crianças e adolescentes e muito respeito com os idosos. Mais opções de lazer. Mais praças esportivas. Mais centros de cultura. Mais incentivo ao turismo, ao agronegócio, à diversidade.

Mais respeito ao próximo, mais respeito a quem pensa diferente e mais simpatia. Que ao soprarmos as velinhas dos 253 anos, possamos sonhar juntos com uma Mogi Mirim melhor para todos os que aqui estão e por aqueles que aqui estarão nos próximos anos. Parabéns, Mogi. E que venha muito mais.

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