sábado, novembro 30, 2024
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A Mogyana em 1929: boas vitórias e muitas dúvidas

Seguimos no final da década de 1920 e com a história da Associação Athletica Mogyana. Nestas viagens no tempo, encontramos muito mais que resultados. Há personagens de importância em vários segmentos da sociedade englobados também no antro esportivo.

E, mais especificamente a respeito da Mogyana, existem linhas que elucidam a transição da entidade mais importante em mais de 250 anos da cidade: o Mogi Mirim Esporte Clube. Em 28 de dezembro de 1928, o jornal Correio Paulistano publicava notícia sobre uma nova eleição na entidade esportiva. Vale lembrar que, em junho do mesmo ano, também houve a escolha de uma diretoria. No segundo pleito daquele ano, o encontro dos sócios ocorreu na véspera de Natal, ou seja, em 24 de dezembro.

A sala do jornal “O Ferrão” foi a sede da reunião, que terminou com alguns novos nomes. E outros já conhecidos. Antônio Jorge da Silva foi reeleito para a presidência. O mesmo ocorreu com o vice, Germano Ribeiro. Já David Baptista Júnior foi eleito para o cargo de primeiro secretário, assim como José Felix de Augustini, eleito como segundo secretário. Também apareceu como novidade Manuel Ansiani, escolhido como primeiro tesoureiro.

Outro nome que não constava na diretoria eleita em junho era o de Theodoro Semeghini, eleito como segundo tesoureiro. Já Manuel Antônio Filho foi reeleito primeiro diretor esportivo e Jonas Leme Camargo como segundo diretor esportivo. Já para o cargo de fiscal de campo, seguiu Francisco Parra. “A organização da nova diretoria, com a reeleição de alguns membros e eleição de outros, não podia ser mais feliz”, abordava o Correio Paulistano.

Porém, em 1929, nem tudo seriam flores. Em 13 de março, o jornal Diário Nacional publicava notícia sobre a saída de jogadores. O goleiro Ninho e o zagueiro Líbano deixaram a agremiação. “É uma barreira, portanto, que a A. A. Mogyana tem de transpor para conseguir dois elementos como esses que, conforme nos informaram, abandonaram o futebol”, destacava o periódico. Não seria bem assim, já que retornariam não só à AAM, como atuariam, inclusive, no Mogi Mirim Esporte Clube.

E, mesmo assim, com dúvidas, a Mogyana seguiu e até com bons resultados em campo. No dia 17 de março, houve um encontro com o Corinthians de Campinas, campeão varzeano da então vizinha cidade. Já no dia 14 de abril, no campo da Mogyana, a equipe local venceu o Sport Club XV de Novembro, de Campinas, por 2 a 1. No dia 1º de junho, mais uma vez em Mogi, triunfo por 4 a 0 sobre a Mogyana Football Club, de Casa Branca.

Porém, tudo caminhava de forma interrogativa. Em campo, bons resultados. Fora dele, inconsistência e dificuldades oriundas da falta de recursos. E qual seria o destino da Athletica Mogyana? Em nosso próximo encontro, falaremos mais sobre esta fase complicada da agremiação, com as perspectivas do elenco, outros embates pelos gramados locais e transições político-administrativas.

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