O preço na passagem do ônibus circular em Mogi Mirim passa a ser de R$ 3,10 a partir desta sexta-feira, R$ 0,20 a mais em relação ao atual valor cobrado. O reajuste, previsto no contrato entre a Prefeitura e a Santa Cruz Transportes, chega após uma rodada de negociações, e termina sem o real valor desejado pela empresa que opera o transporte coletivo municipal, que pedia aumento para até R$ 3,44.
O anúncio do reajuste no preço da tarifa foi divulgado pelo Executivo no início de julho, e deve continuar, até ao menos, o final do ano que vem, quando novas tratativas deverão ser realizadas entre as partes. O último aumento aconteceu em janeiro de 2013, quando a tarifa passou para R$ 3. Entretanto, em junho do ano passado, em meio a onda de protestos em todo o país pedindo a diminuição do valor da passagem do transporte coletivo, a Administração de Gustavo Stupp (PDT) resolveu abaixar o preço para R$ 2,90, que continua até amanhã.
Pedidos
Neste ano, foram três pedidos protocolados pela Santa Cruz Transportes à Prefeitura. O primeiro, em fevereiro, baseado nas planilhas apresentadas pela empresa, com índice tarifário em R$ 3,32. Porém, após análise dos documentos comprobatórios de custos, a Secretaria de Mobilidade Urbana recalculou a planilha e reteve a tarifa em R$ 2,96. A diferença foi de apenas R$ 0,06 da tarifa vigente, vetada pela Administração.
Em maio, com o dissídio dos funcionários, e alegando reajuste no combustível e renovação na frota de alguns veículos, novamente foi requisitado o acréscimo na tarifa, situação que se repetiu em junho, quando foi reivindicado o aumento para R$ 3,44. Novamente, cálculos da Secretaria de Mobilidade Urbana apontavam que o preço deveria chegar ao teto de R$ 3,20. Ao final das negociações, o valor de R$ 3,10 foi estabelecido.
E nada de miniterminal…
Enquanto a passagem aumenta, o projeto da construção de um miniterminal, anunciado pela Prefeitura no ano passado, foi oficialmente descartado em janeiro, e até o momento, nada divulgado em seu lugar. A intenção era construir um miniterminal em uma área próxima a Praça Floriano Peixoto, o Jardim Velho, terreno que abrigava o antigo Casarão Amarelo. A área chegou até a ser desapropriada e uma comissão de estudos teria sido criada para o projeto, que tinha como esboço a construção de oito boxes comerciais que seriam alugados por aproximadamente R$ 2 mil.
O valor seria revertido para a manutenção do local e para um fundo que subsidiaria parte da tarifa social. Poucos meses depois, a ideia se transformou. Além de lojas, a construção englobaria ainda um hotel de luxo, com seis andares e estacionamento subterrâneo. Porém, as obras nunca tiveram início e o projeto não foi adiante.