O maestro Carlos Lima será um dos representantes da categoria que irá se manifestar favorável a uma nova proposta para a Cultura no país. O encontro será no Ministério da Cultura (MinC), em Brasília, no dia 12 de setembro e irá reunir diversos maestros pelo país. O objetivo é fazer com que o atual governo promova uma série de medidas e mudanças que beneficiem o setor cultural brasileiro. O diretor artístico e fundador da Lyra Mojimiriana irá falar, por aproximadamente 20 minutos, sobre a música nas escolas e pedagogia aplicada, bem como seus impactos no ser humano, já que a instituição é referência nacional nesse sentido.
“Queremos muito que o Ministério da Cultura leve as nossas propostas ao presidente e feche o mandato com muitas das necessidades atuais resolvidas. Nosso projeto é pequeno em relação a tantos outros, mas nossos indicadores comprovam a importância desse trabalho que fazemos”, comentou.
Além de Carlos Lima, outros quatro expositores apresentarão casos de sucesso: Flávia Furtado e o maestro Marcelo de Jesus falarão sobre A Ópera – Manaus/Belém; o maestro Nicolau Martins terá como tema “O projeto cultural com fim social”, apresentando a Cidade da Música (Volta Redonda) e; “A Popularização da Música Sinfônica e Orquestras” será levada pelo maestro Amilson Godoy.
O artigo 18 da Lei de Incentivo à Cultura também está na pauta do encontro e terá as participações de Amilson e o também maestro Júlio Medaglia. O mercado da Cultura vem crescendo e, proporcionalmente, foi o que mais empregou nos últimos anos. “E a previsão para os próximos cinco anos é que a indústria criativa continue crescendo”, acrescenta Carlos Lima, revelando as perspectivas animadoras do setor.
Medida Provisória
O grupo também irá se manifestar contrário à proposta do Governo Federal de reduzir a verba destinada à Cultura e destiná-la para o setor de segurança pública. A medida provisória n° 841 foi assinada no dia 11 de junho pelo presidente Michel Temer, quando foi sancionado o projeto que institui o Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
A MP tratava sobre a redistribuição da arrecadação das loterias, tirando parte do que era direcionado ao Fundo Nacional de Cultura e direcionando para a Segurança Pública. O percentual, de 3%, poderia cair para 0,5%. A presidência da república voltou atrás na decisão e publicou uma nova MP, revogando a anterior.
A decisão não agradou o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, que se manifestou publicamente contrário à decisão. “O investimento em segurança pública é obviamente crucial neste momento crítico que o país vive. O combate à violência urbana, porém, não deve se dar em detrimento da Cultura, mas também por meio da Cultura, assim como do Esporte e da promoção do desenvolvimento”, afirmou.