Pessoas cruzam nossos caminhos todos os dias, convivem conosco, tentam se edificar na vida, algumas num processo de reconstrução de si mesmas. Algumas vivem alegrias, outras dilemas e conflitos; outras revolta. Conheço muitas pessoas revoltadas; revoltadas com o que se lhes sucedeu, por terem perdido o caminho ou ainda por terem sofrido uma traição. Falemos hoje sobre a revolta:
A origem desta palavra é do latim, vem de REVOLUTIO, “ato de dar voltas”, de REVOLUTUS particípio passado de REVOLVERE, “girar, virar, dar voltas”; de RE que significa “de novo”, mais VOLVERE, que é “girar”. Revolta significa dar voltas e voltar a girar! Nesse sentido, o revoltado é alguém que dá voltas, que não sai do lugar, que não anda, que não vai para frente! É muito penoso conviver com alguém revoltado, pois sempre vemos que essa pessoa não evolui, vai ficando para trás, vai perdendo as oportunidades e perde o seu próprio tempo.
Normalmente, pessoas revoltadas sofreram um grande impacto e atribuem isso a outrem, nunca a si mesmas; tudo o que fazem é tentar explicar sua dor através da culpa alheia, pois não conseguem olhar para dentro de si, são incapazes de trabalharem suas próprias faltas, seus pecados e não admitem culpa. São pessoas feridas! Normalmente pessoas revoltadas não se abrem para Deus e para Seus ensinamentos. Elas dão voltas ao redor do erro, sempre ao redor do seu desequilíbrio; não enxergam nada além do que a limitação da revolta lhes permite!
A Palavra de Deus restaura vidas. O salmo 32, versículo 1, diz que é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados. É isso o que necessita quem se permite ser controlado pela revolta: perdão! Perdão sobre a falta ou o impacto que lhe abalou; perdão sobre si mesma.
Que seu coração e seu entendimento sejam iluminados pela vida de Cristo, pela força do Espírito Santo! Que o Espírito do Senhor nos guie!
Dom Pedro Paulo Teixeira Roque
Bispo Coadjutor de Jundiaí, SP – ICAB.
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