Mogi Mirim tem uma história cativante para quem se interesse em perscrutar as origens desta comunidade, instalada em uma área privilegiada no coração do mais importante estado da nação. Suas características interioranas são um atrativo para quem busca a tranquilidade nestas paragens, ao tempo em que florescem os primeiros indícios de um avanço na modernidade, com novos prédios rasgando a paisagem bucólica, indústrias crescendo e a infraestrutura viária criando contornos de cidade grande integrada à região.
Alguns pontos da economia local têm inspirado certo desânimo, perceptível em conversas informais que denotam a descrença no potencial que tem sido rejeitado pelas ações de parte do empresariado e pelo poder público. Entidades representativas do polo produtivo costumam manifestar-se com relativo pessimismo, reafirmando a má fase da economia local e do desgaste que a classe empresarial tem diante do crescimento inexorável das cidades vizinhas.
No esporte, vê-se o distanciamento entre a comunidade e o seu clube tradicional, os expoentes entre os atletas treinam e obtêm resultados por mérito próprio e muitas vezes sem qualquer apoio. No campo social, destaca-se o Clube Mogiano, perfeita ilha em um oceano de falta de opções de lazer e convívio para todas as idades.
Mogi Mirim já foi conhecida como Cidade Simpatia, por suas características amenas, seu povo cordial e educado, pela educação de excelência, pela beleza de sua paisagem natural e urbana, por sua religiosidade e apego às tradições. Referência regional, o município tinha influência política e econômica nas cidades vizinhas, em características que foram se perdendo por inépcia de administradores e pela falta de uma cultura de desenvolvimento, a ponto de aceitar a tutela de políticos de fora.
Hoje, os mogimirianos de coração veem a cidade mais acanhada e perdendo seu tino de crescimento. Acumulam-se problemas e não se veem projetos consistentes que indiquem uma mudança de rumos em curto prazo. Dentre as representações políticas regionais, nenhuma saiu do berço da Cidade Simpatia, que ficou na dependência da complacente atenção de deputados de outras cidades.
A pergunta que fica no ar é aonde foi parar a vocação bandeirante de Mogi Mirim e sua história, seu passado relevante e seu futuro ansiosamente aguardado?