Uma das mais antigas e importantes estradas brasileiras foi aberta no ano de 1725, há 297 anos. Trata-se da ‘Estrada dos Guaiases’ – que ligava a cidade de São Paulo à povoação de Vila Boa de Goiás, unindo os dois estados e percorrendo a capital paulista, Jundiaí, Mogi Mirim e Mogi Guaçu, que na época eram os únicos pontos civilizados de São Paulo. A estrada percorria o estado de Minas Gerais e o estado de Goiás, terminando na povoação de Vila Boa, em território goiano.
Sua abertura foi determinada pela Coroa Portuguesa, com a finalidade de servir ao escoamento das riquezas minerais de Goiás e norte de Minas Gerais, no transporte de ouro e pedras preciosas principalmente. Cerca da metade de sua extensão abrangia o antigo município de Mogi Mirim, que viria a ser criado 44 anos depois, em 1769.
Cumprindo as ordens do rei
Em 1722, o rei de Portugal incumbiu o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva Filho, o segundo Anhanguera, como encarregado e administrador, de abrir a estrada, com a promessa de receber grandes honrarias e doações de imensa gleba de terras.
Anhanguera cumpriu às custas de muito esforço essa tarefa hercúlea e que resultou na grande e famosa ‘Estrada dos Guaiases’, com mais de 2.000 quilômetros de extensão, a maior do Brasil na época! Muitos de seus comandantes bandeirantes acabaram sucumbindo durante os três anos que durou a abertura da estrada, vítimas de doenças, fome e ataques de indígenas e animais ferozes.
Durante os trabalhos de abertura do caminho, o segundo Anhanguera acabou descobrindo as jazidas de ouro e pedras preciosas que seu pai – o pioneiro Anhanguera – havia encontrado em 1862, em Goiás. O segundo Anhanguera transferiu todo o rico tesouro encontrado para o governo português, nada ficando para si.
A recompensa pelo exaustivo trabalho
Inicialmente agradecido, o rei de Portugal, que na época comandava o Brasil-Colônia, outorgou ao segundo Anhanguera uma enorme sesmaria com cerca de 650.000 alqueires de terras entre os estados de São Paulo, Minas Gerias e Goiás, abrangendo centenas de quilômetros de extensão de campos e matas.
Ao mesmo tempo, concedeu ao bandeirante a exploração do pedágio em 13 rios: Atibaia, Jaguari-Açu, Jaguari-Mirim, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Pardo, Camanducaia e Sapucaí-Mirim, todos em território paulista, além do Rio Grande na divisa com São Paulo e Minas Gerais. Em Goiás, cinco rios: Meia-Ponte, Parnaíba, das Velhas, Guacurumbá e dos Pasmados.
A ingratidão e a injustiça
Mas a recompensa do rei durou apenas cerca de 20 anos, após os quais, vendo o bandeirante já velho e decrépito, o rei de Portugal, num gesto de total injustiça e ingratidão tudo lhe tomou. Bartolomeu Bueno da Silva Filho – o segundo Anhanguera – acabou morrendo, doente, triste, descrente e na miséria total. Na próxima semana, a segunda parte. FONTE – Arquivo do Estado.
Preceitos Bíblicos
“O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor. Feliz o homem que tem Nele o seu refúgio” (Salmo 33)
Túnel do TEMPO
Em 5 de julho de 1900, o gaúcho natural de Pelotas, Francisco Cardona, fundou o jornal A Comarca, composto e impresso em Mogi Mirim.
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Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
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