sábado, novembro 23, 2024
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A tricentenária ‘Estrada dos Guaiases’ | Parte 1 – Nº 758

Uma das mais antigas e importantes estradas brasileiras foi aberta no ano de 1725, há 297 anos. Trata-se da ‘Estrada dos Guaiases’ – que ligava a cidade de São Paulo à povoação de Vila Boa de Goiás, unindo os dois estados e percorrendo a capital paulista, Jundiaí, Mogi Mirim e Mogi Guaçu, que na época eram os únicos pontos civilizados de São Paulo. A estrada percorria o estado de Minas Gerais e o estado de Goiás, terminando na povoação de Vila Boa, em território goiano.

Sua abertura foi determinada pela Coroa Portuguesa, com a finalidade de servir ao escoamento das riquezas minerais de Goiás e norte de Minas Gerais, no transporte de ouro e pedras preciosas principalmente. Cerca da metade de sua extensão abrangia o antigo município de Mogi Mirim, que viria a ser criado 44 anos depois, em 1769.

Cumprindo as ordens do rei
Em 1722, o rei de Portugal incumbiu o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva Filho, o segundo Anhanguera, como encarregado e administrador, de abrir a estrada, com a promessa de receber grandes honrarias e doações de imensa gleba de terras.

Anhanguera cumpriu às custas de muito esforço essa tarefa hercúlea e que resultou na grande e famosa ‘Estrada dos Guaiases’, com mais de 2.000 quilômetros de extensão, a maior do Brasil na época! Muitos de seus comandantes bandeirantes acabaram sucumbindo durante os três anos que durou a abertura da estrada, vítimas de doenças, fome e ataques de indígenas e animais ferozes.

Durante os trabalhos de abertura do caminho, o segundo Anhanguera acabou descobrindo as jazidas de ouro e pedras preciosas que seu pai – o pioneiro Anhanguera – havia encontrado em 1862, em Goiás. O segundo Anhanguera transferiu todo o rico tesouro encontrado para o governo português, nada ficando para si.

A recompensa pelo exaustivo trabalho
Inicialmente agradecido, o rei de Portugal, que na época comandava o Brasil-Colônia, outorgou ao segundo Anhanguera uma enorme sesmaria com cerca de 650.000 alqueires de terras entre os estados de São Paulo, Minas Gerias e Goiás, abrangendo centenas de quilômetros de extensão de campos e matas.

Ao mesmo tempo, concedeu ao bandeirante a exploração do pedágio em 13 rios: Atibaia, Jaguari-Açu, Jaguari-Mirim, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Pardo, Camanducaia e Sapucaí-Mirim, todos em território paulista, além do Rio Grande na divisa com São Paulo e Minas Gerais. Em Goiás, cinco rios: Meia-Ponte, Parnaíba, das Velhas, Guacurumbá e dos Pasmados.

A ingratidão e a injustiça
Mas a recompensa do rei durou apenas cerca de 20 anos, após os quais, vendo o bandeirante já velho e decrépito, o rei de Portugal, num gesto de total injustiça e ingratidão tudo lhe tomou. Bartolomeu Bueno da Silva Filho – o segundo Anhanguera – acabou morrendo, doente, triste, descrente e na miséria total. Na próxima semana, a segunda parte. FONTE – Arquivo do Estado.

Esta foto de 1958 focaliza a casa onde residia o Coronel Leitão e sua mulher. Localizava-se na esquina das ruas Dr. Ulhôa Cintra (Rua direita) e Cel. Leitão. Tinha mais de 100 anos de existência, quando foi demolida para abrigar um estacionamento, em mais uma perda irreparável de nosso patrimônio histórico.

Preceitos Bíblicos
“O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor. Feliz o homem que tem Nele o seu refúgio” (Salmo 33)

Túnel do TEMPO
Em 5 de julho de 1900, o gaúcho natural de Pelotas, Francisco Cardona, fundou o jornal A Comarca, composto e impresso em Mogi Mirim.

Livros – História de Mogi Mirim e Região

Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas | 512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional | 278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas | 260 páginas e 47 fotos

Pontos de venda em Mogi Mirim

– Banca da Praça Rui Barbosa
– Papelaria Silvas Store (Toda)
– Papelaria Gazotto – Centro
– Agro Avenida – Av. 22 de Outubro
– Papelaria Carimbo Expresso

Pontos de venda em Mogi Guaçu
– Papelaria Abecedarium – Centro
– Livraria Jodema- Shopping
– Banca da Capela
– Banco do Porta – Av. 9 de abril
– Banco do Porta – Av. 9 de abril

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