sábado, novembro 23, 2024
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A vacinação avança. Que nós também…

A vacinação avança na Baixa Mogiana. A maioria das cidades já ultrapassaram a marca de 50% da população vacinada com ao menos a primeira dose contra a Covid-19. É daqueles momentos que dão esperança. Um sentimento que, quem se vacina mais do que por se cuidar, mas por pensar no próximo, sente com força.

Emoção ao acompanhar o progresso da campanha até bem perto da sua idade. Depois, do anúncio do dia da primeira imunização. E da segunda. Ir ao posto de vacinação. Em meio a um país tomado pelo negacionismo e por forças ideológicas que ganharão páginas cinzas na “biografia” do país, ver a verde esperança pela volta do normal (ou, ao menos, de um novo normal), é de uma beleza surreal.

Em Mogi Mirim, entre a população com mais de 18 anos, mais de 70% recebeu, ao menos, a primeira dose. Infelizmente, ainda não temos cobertura suficiente para reduzir os pesadelos causados por esta pandemia. Mesmo assim, é lindo. Gera sonhos utópicos como, por exemplo, ver juntos, falando sobre o combate a este mal, o prefeito que teve que enfrentar o começo deste horror ao lado do prefeito que assumiu a responsabilidade na sequência.

Ambos podem ter cometido erros. Ou, ao menos, ter tomado medidas que uns concordam e outros discordam. Mas, convenhamos, liderar em um momento como este deve sugar de uma forma insana. Sabemos como é. Estamos isolados há quase dois anos, ou se isolando, relaxando e ficando com medo de novo. Ou o pior. Enfrentando entes doentes ou ainda abatido pelo vírus. É loucura. E ainda há um pouco dela para enfrentar.

A vacinação avança? Sim! Mas ainda precisamos respeitar os protocolos sanitários, usar máscara, ficar distante, se higienizar. Temos que temer, porque, enquanto sociedade, ainda estamos longe demais de ter vencido esta pandemia. Mas cada vez mais perto disso. E é tudo graças à imunização. Aquela rejeitada por uns e até oportunizada por párias, em um escândalo de corrupção cada vez mais solidificado e de causar nojo.

Em momento que precisávamos de amor, compaixão e empatia pelo próximo, tivemos o auge do inverso de tudo isso. E temos o aumento da fome, da miséria, com passos largos para regredirmos décadas e décadas. Cada vez mais moradores de rua, sujeitos a todo tipo de infortúnio, como a morte que um destes escanteados pela sociedade teve no coreto da Praça Rui Barbosa.

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