Ao passar pela Praça Floriano Peixoto, o nosso tradicional “Jardim Velho”, em meados do mês de janeiro deste ano de 2023, fiquei inicialmente surpreso e posteriormente muito triste e abatido emocionalmente, ao verificar que minha grande amiga desde os tempos da meninice, que não voltam mais, morta e com seus restos mortais espalhados pelo chão, num comovente espetáculo!
Ela era centenária, com uma existência de 137 anos. Nasceu em Portugal e veio para Mogi Mirim novinha, um bebê, junto com duas irmãs. Passaram a residir no Jardim Velho no ano de 1887. As três irmãs cresceram, passaram a fase adulta e finalmente atingiram uma incrível longevidade, duas com mais de cem anos de idade!
Infelizmente, uma delas morreu em 1964, com 77 anos de idade, quando foi atingida por um raio no mesmo Jardim Velho. As outras duas irmãs estavam completando 137 anos quando uma delas foi morta também em outro acidente da natureza, por grande tempestade de vento e chuva!
Agora, só resta uma das irmãs Figueira. Elas nunca saíram do Jardim Velho, onde eram queridas pelo povo mogimiriano. Elas deram muita alegria a todos, a nossos pais, avós e até tataravós.
Nessas alturas, com certeza os amigos leitores já descobriram que estou falando das três árvores figueira do Jardim Velho, que ofereciam magnifica sombra para todos os frequentadores da mais antiga praça pública de Mogi Mirim e que foi inaugurada no longínquo ano de 1887.
Hoje, só resta uma dessas figueiras e que é patrimônio ecológico de Mogi Mirim, cabendo à administração municipal cuidar dessa árvore restante e que foi plantada faz 137 anos no Jardim Velho. Apesar da idade, ela está sadia, revestida de verde o ano todo, oferecendo sombra para os frequentadores da praça e abrigo para centenas de pássaros. É uma relíquia do passado mogimiriano!