Hoje, o Grupo Luminoso apresenta no Centro Cultural de Mogi Mirim, a partir das 20h, a peça A vida íntima de Gabriela – Bela, Recatada e do Lar. Os convites custam e R$ 5 e poderão ser adquiridos na hora, no próprio local. A peça se trata de um espetáculo de humor e tem a direção de Érika Candido e o elenco é composto por Luiz Dalbo, Nelzinha Espetáculo e Jeferson Domingues.
Gabriela é inspirada e fruto de uma brincadeira feita com a obra Gabriela, do baiano Jorge Amado. “Vem da história do Jorge Amado (um dos maiores escritores do Brasil) porque eu sempre achei a personagem Gabriela do Jorge Amado muito interessante. Eu gosto muito, foi brincar um pouco com isso. Mas a Gabriela, do Jorge Amado, é uma mulher bonita, sensual e natural e esse é o contexto que eu brinco. A Gabriela (do espetáculo do Grupo Luminoso) não tem nada de sensual; ela é grotesca, então a gente brinca com esse contraponto. Mas é bem livre inspiração. Em alguns momentos ela nem é a Gabriela, é meio a Tieta do Agreste, ela é toda misturada”, explicou Luiz Dalbo, que dará vida para Gabriela no espetáculo.
O roteiro foi construído em conjunto pelo grupo, mas desde 2014 Gabriela já existe e participa de algumas atividades. Ela nasceu dentro da escola WM’s, no passado, quando foi realizado um espetáculo de dança e o grupo fazia algumas intervenções com a personagem.
“Desde 2014, quando Gabriela estreou, ela sempre fez algumas intervenções de 15 minutos. É a primeira vez que ela tem um espetáculo. São utilizadas algumas coisas das intervenções, mas montamos um espetáculo para ela. A gente trabalha com a técnica do grotesco, do palhaço, com técnica de teatro popular, de rua, que a plateia interage”, explicou Luiz Dalbo, que dará vida para Gabriela no espetáculo.
Luiz também explicou que muitas coisas podem ainda mudar entre as apresentações. Isso porque como há interação com a plateia e com a época atual, tudo pode ser alterado com o passar do período, como, por exemplo, as músicas.
Sobre o Grupo Luminoso
O Grupo Luminoso surgiu com o objetivo de levar humor para as pessoas, sem buscar, por exemplo, um diálogo profundo ou reflexivo para e com o público. A outra companhia, que é a Vidraça, do qual Luiz, entre outros, participa, busca um diálogo em outra perspectiva, que é a de aprofundar visões e provocar discussões. Inclusive, um dos espetáculos da Vidraça, que é o Mobral, discute a questão da educação no Brasil. A peça foi premiada no último mês, no Festival de Teatro de Espírito Santo do Pinhal como melhor espetáculo. Então, com o Grupo Luminoso, a perspectiva é outra, abordando mais a questão da diversão.
“O Grupo Luminoso nasceu dessa necessidade de fazer comédia, mas sem ter muita pretensão. Às vezes o Vidraça faz coisas politicamente engajadas e a gente só queria se divertir. O grupo sou eu, a Erika, o Jeferson, que está estagiando com a gente. Eu e a Nelza, que fazemos a peça, nos conhecemos há doze anos”, pontuou Luiz.
