sábado, novembro 23, 2024
INICIALOpiniãoEditorialA zona de conforto da Zona Azul

A zona de conforto da Zona Azul

E eis que entre os debates da semana, seja nos fóruns online ou nas rodas dos que ainda se aglomeram pelas praças, está a Zona Azul. A discussão girou em torno de informações que começaram a circular na internet e, posteriormente, confirmada com nota oficial da Prefeitura, de que, a partir da última segunda-feira, 12, o serviço de Zona Azul de Mogi Mirim passaria a ser fiscalizado por agentes de trânsito.

A alteração se fez para atender a legislação de trânsito e causou mudança, com a tolerância de 10 minutos sem crédito de estacionamento passando a ser de 20 minutos. O motorista irregular, porém, não recebe mais a notificação no valor de R$ 10 a ser acertada junto à empresa que presta serviço de estacionamento rotativo na cidade.

Após os 20 minutos de tolerância para o estacionamento irregular, o agente de trânsito está autorizado a fazer a autuação prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A infração de zona azul é grave, resultando em cinco pontos na Carteira de Habilitação e multa de R$ 195.

A pena em dinheiro e em pontos na CNH não são novidades. Já funcionavam desta forma e é apenas o cumprimento à lei. E a fiscalização da Zona Azul ficar encarregada aos agentes também não é novidade, afinal, isto consta em lei. O funcionário da concessionária tem apenas o poder de monitorar a situação. Porém, quem estaciona irregularmente, pode ser multado mediante fiscalização dos agentes municipais. O mesmo vale para quem estacionar de forma irregular também fora da Zona Azul. Simples.

Como também é simples concordar que, em meio a uma crise econômica que só aumenta, imaginar mais multas é de surtar. Há quem seja completamente favorável, sobretudo, por este sistema proporcionar mais democracia aos usuários das vagas de estacionamento na região central.

Os que defendem a Zona Azul argumentam que, graças a ela, é possível encontrar vagas no nosso apertado sistema viário da região central e que sem as vagas se tornam objeto de uso, principalmente dos funcionários dos estabelecimentos da região. Porém, convenhamos. Pagar para estacionar na rua é daquelas coisas que só mostram o quanto o ser humano é egoísta. Fizéssemos o rodízio por puro entendimento de que outras pessoas precisam das vagas e o termo “Zona Azul” nem estaria em nosso cotidiano.

Além disso, é preciso que alguém pense “fora da caixa” e traga à região central de Mogi Mirim uma solução que vá além do estacionamento rotativo. Claro que nosso Centro, histórico como de muitas cidades contemporâneas a Mogi Mirim, conta com ruas apertadas e uma limitação geográfica visível. Ainda assim, pensar em bolsões de estacionamento e outras alternativas para que não seja necessária a execução de serviços como a Zona Azul é um item primordial a quem deseja nos governar. É hora de sair da zona de conforto!

RELATED ARTICLES
- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments