A Polícia Civil de Mogi Mirim, em uma ação cautelosamente desenvolvida por investigadores e escrivães, com o apoio da DIG e coordenação do delegado Rubens Luiz F.H. de Melo, prendeu nas primeiras horas da manhã do domingo, 4, um rapaz de 22 anos, apontado como o autor do assassinato de Antônio Rafael dos Santos Silva, ocorrido no início de setembro, no Parque das Laranjeiras. Dias antes, os policiais haviam prendido a companheira dele. Uma mulher de 23 anos, que está gravida. Ambos tiveram suas prisões temporárias decretada pela Justiça.
Logo após o crime, investigadores de Mogi Mirim iniciaram ações visando elucidar o crime. Foi coletado depoimentos de testemunhas e imagens de câmeras de segurança nas proximidades de onde houve o assassinato. Antônio Rafael morreu após ter sido atingido por três tiros. A motivação do crime, de acordo com os relatos da própria companheira do autor, seria porque Antônio Rafael prestava serviços ao autor e teria pedido um adiantamento de salário, o que foi negado. Com a negativa, o rapaz acabou entrando em luta corporal, ocorrendo os disparos.
Após ferir a vítima, o autor subiu em sua moto, uma Honda XRE preta e fugiu com a companheira.
Os policiais estiveram em vários endereços, onde o casal teria morado e acabou obtendo a informação de que familiares do autor teriam uma chácara no Distrito de Martinho Prado, em Mogi Guaçu. O local foi monitorado e ao certificarem que o casal estava escondido na propriedade, entraram em ação, na quarta-feira, 30. Neste dia, porém o autor dos disparos, não estava sendo detida sua companheira que foi levada presa. Ela prestou depoimento e seguiu para o sistema penitenciário, onde permaneceu por dois dias, até sua prisão ter sido convertida em domiciliar, saindo da cadeia na última sexta-feira.
Com a companheira livre, os policiais acreditavam que o casal iria se reencontrar. Com esta possibilidade, duas equipes foram formadas e após terem a certeza, que o casal estava novamente na chácara, em Martinho Prado, entraram em ação nas primeiras horas do domingo, quando o casal foi surpreendido, ainda no quarto.
De acordo com os policiais civis, pelo lado externo da moradia, que fica em uma propriedade rural, foi possível observar que o rapaz estava no quarto com a mulher. Os investigadores chegaram a chama-lo pelo nome, ordenando que se entregasse, o que ele não acatou, inclusive tentou fugir do cerco policial, porém acabou dominado.
Ele foi levado ao plantão policial, onde prestou depoimento acompanhado por seu advogado e posteriormente encaminhado ao sistema prisional, permanecendo a disposição da Justiça.