A mobilização da sociedade em prol de interesses coletivos, buscando o benefício de uma entidade ou de uma causa específica é algo a ser comemorado e incentivado. A adesão a ações sociais serve como um exemplo rico e combustível para a proliferação de novas atitudes. Incentivados pelo espelho de projetos capazes de mudar uma realidade social, outros cidadãos motivados em colaborar com um mundo melhor acabam se envolvendo de tal forma que são movidos a liderar novas ações, de variadas vertentes, em um ciclo positivo de distribuição do bem.
O voluntariado carrega um fantástico poder de beneficiar a todos os envolvidos. Ao mesmo tempo em que permite de forma gratuita a colaboração com as necessidades de quem está carente, ainda a ação voluntária fornece uma boa dose de alimento à alma, fortalecendo a auto-estima e as pessoas nas lutas do cotidiano.
Um dos exemplos da força do voluntariado pode ser visto com a reforma da sede do projeto Maguila, totalmente reconstruída. Em 11 dias, a Organização Não Governamental (ONG), no Parque das Laranjeiras, teve o espaço totalmente modificado. Tudo graças a uma ação da multinacional Mars apoiada por 37 funcionários voluntários. Com doações da empresa, dos funcionários e mais 19 parceiros, o trabalho social foi realizado. A presidente da entidade, Lucinei Ferreira da Rocha, destacou que os voluntários fizeram em 10 dias o que eles não conseguiriam fazer em três anos e meio.
Outro exemplo, com uma vertente educacional envolvida, é a projetada por estudantes do sexto ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Prefeito Adib Chaib, do Jardim Planalto. Os alunos pretendem adotar uma nascente de curso de água do bairro, inseridos no projeto “Plantando e pesquisando, promovendo a sustentabilidade na escola”. Foram realizadas caminhadas visando conhecer a mata anexa ao bairro e seus problemas de agressão ao meio ambiente. A comunidade acabou se envolvendo e apontou a existência de uma “bica”, cuja água potável era usada pelos moradores antes de existir a rede de abastecimento. A nascente é uma das formadoras do Rio Mogi Mirim.
Com o trabalho, foram traçadas estratégias para preservar a nascente. A ideia é que a escola seja a mantenedora da nascente e que as ações sejam praticadas pelos alunos, com apoio da Prefeitura. A escola ainda quer o apoio técnico e financeiro de instituições, projetando também ações de plantio e preservação de áreas verdes do Jardim Planalto e Residencial Floresta.
Exemplos como os dos voluntários do Maguila e da Emeb alimentam a esperança da evolução da sociedade, disseminando a ideia do bem-estar coletivo, especialmente no caso da escola por envolver alunos com um futuro pela frente e capazes de influenciar as famílias. Mesmo que não mova outros a tomarem atitudes semelhantes, as ações em si já são dignas de celebração por mudar uma realidade. Pequenas ações fazem a diferença e quando se trata de fazer o bem, vale comemorar, independente da amplitude.