sábado, novembro 23, 2024
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Acontece lá em casa: Herói ou vilão

Na semana passada foi comemorado o Dia do Irmão. Eu e meu jeito ogro de ser, achamos besteira essa história de dia disso…dia daquilo. Mas já que existe, que nos sirva para a reflexão.

Os irmãos são uma extensão de nós mesmos. Ninguém nos conhece tão afundo como eles. Dividem conosco a construção da nossa base e, por isso, quando mais adultos conseguem reconhecer as raízes de nossas dores e alegrias. Ninguém é tão capaz de nos ferir ou proteger!

Eu tenho uma diferença de 13 anos com o Léo e 15 anos com a Giu. Já ouvi muito que quando há distância grande entre um e outro que não há convivência, que não se “aproveita” o ter irmão. Para nós essa regra não funciona. Somos muito parceiros!

Quando eles eram bem pequenos e eu já uma adolescente, adorava levá-los na piscina. Nessa mesma época minha cama era de casal e, quase sempre, dormíamos os três, só para poder ficar perto.

Certa vez minha irmã, com seus 15 anos, se encantou com um menino de Piracicaba e queria muuuuuito ir no aniversário dele. Claro que minha mãe não queria deixar de jeito nenhum. Lembrando de como o coração doía nessas situações (sim, coração adolescente apanha muito kkkk), me candidatei a levá-la.

Só para resumir, passei o dia fazendo churrasco numa chácara que eu não conhecia ninguém e só tinha família. Até hoje quando lembro, morro de rir de mim mesma, da situação que me coloquei, mas faria de novo, com certeza!

Já em casa a diferença entre a Gabi e o Neto é de apenas dois anos. Na maior parte do tempo, ainda estamos na fase da guerra, da disputa em quem tem razão, quem comprou mais, quem é o mais privilegiado. Ainda rola “tiro, porrada e bomba”, mas sei que isso tudo vai passar.

Até porque, ainda que inconscientemente, o exemplo que ficará armazenado é o que eles veem e, eu e o Alisson, meu marido, temos um código de conduta velado: ninguém fala do irmão de ninguém. O que você pensa a respeito, é opinião sua (lembra do proteger?).

Talvez por conta deste acordo, tenhamos nos treinado a ver o que é bom neles que por sua vez, passaram a ser como irmãos para nós também. Como tudo na vida, pode ser que ter ou ser um bom irmão seja questão de escolha.

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