sábado, novembro 23, 2024
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Acontece lá em casa: Sempre na torcida

Lá em casa nós acreditamos na experimentação – claro que dentro de uma conduta ético social – e o esporte se encaixa como nunca. Já tivemos jazz, ballet, natação, futebol, tênis de mesa, handebol, tênis… Em todos eles, fosse a noite com um frio de doer ou com o dia amanhecendo na estrada para chegar a tempo, lá estávamos nós!

Eu sou muito intensa e o misto de sentimentos que envolve “estar na torcida” chega a ser exaustivo para meu corpo, tamanha a variação de emoções. Eu torço pelos meus filhos, claro! Mas também não quero que o filho dos outros perca! Olho para os outros pais e imagino sentir o que sentem! Lembro que, assim como eu, quantas vezes perambulou de um lado para outro para que eles pudessem chegar ao treino a tempo.

Pode parecer contraditório com o que acabei de dizer, mas, ao mesmo tempo, sou aquele tipo de mãe que encara os adversários no banheiro, que passa do lado e fecha a cara. Ainda bem que guardo essas feiuras só para mim! Depois, quando estamos só nós, começo a dar indiretas nas crianças do tipo “meio esquisita aquela menina né?”. E pasmem, na grande parte das vezes eles respondem com um: “Achou? Ela é tão legal! Ficamos sempre juntas nos torneios!”

Nesta hora tenho a certeza de que precisamos deixar que construam seus próprios mundos e assimilem suas próprias experiências. Acho que a medida é essa: estar sempre ao lado, ser a base, mas deixar que sejam o que são!

A outra lição que estar na arquibancada me trouxe é a de confiar no treino. Claro que isso deve ser traço da minha baixa autoestima. Acreditem, por mais que os conheça, por mais que saiba de quanto tempo se dedicaram treinando, da capacidade de transmitir conhecimento dos profissionais que os conduzem, as vezes me pego apelando para a sorte.

Fico querendo que a hora passe rápida para acabar logo e o placar não mudar, fico torcendo para a bola não chegar de medo que não saibam devolver! Só recupero a sanidade quando os vejo corajosos, desafiadores, inteiros e entregues fazendo aquilo, confiando em si e buscando o resultado.

Nessas horas eles me ensinam e me impactam demais: a me ver, a ser como eles. Isso me motiva no trabalho, isso faz com que me inscreva para uma meia maratona (sim, amo correr) sabendo de tudo que vou precisar reorganizar até lá. Eles me encorajam a ser quem sou, como disse no começo do texto, a experimentar!

Essa é apenas uma das pontes que a experiência de ser família nos traz: ver no outro o que ele acredita ver em nós! Já pensou nisso?

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