quinta-feira, abril 17, 2025
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Ademir da Guia aborda história com a seleção e família da bola

Ídolo palmeirense, Ademir da Guia, o Divino, comenta sua história com a seleção brasileira e aborda a curiosidade de pertencer a uma família repleta de jogadores de destaque.

Boteco – O senhor é tido como um gênio, um dos melhores da história do futebol brasileiro, mas sempre falam muito que poderia ter tido uma trajetória brilhante na seleção, mas enfrentou uma concorrência muito forte. O que representa para você sua história com a seleção brasileira?

Ademir – Na verdade, eu tive companheiros excelentes, o Gerson, Rivellino, meias sensacionais, tivemos o Dirceu Lopes também que nunca teve uma chance. E seleção eu acho que é muito importante na vida do jogador, mas o técnico tem que confiar, dar chance. E aquele negócio, o Zagallo, que foi na minha época, teve aquela seleção de 70, que jogaram Gerson e Rivellino, ganhamos a Copa do Mundo, sensacional, e ele procurou manter esses jogadores. Então eu acho que o futebol é assim, os técnicos escolhem quem eles gostam.

Boteco – Em 1974, o que te marcou naquela Copa do Mundo?

Ademir – Na verdade, eu buscava muito ser convocado para uma Copa do Mundo porque meu pai tinha jogado em 38 na França, na Copa do Mundo. A gente sabe que é muito difícil pai e filho serem convocados para uma Copa do Mundo. Mas para mim foi uma realização, pena que eu não consegui jogar, mas você às vezes não pode tudo também, né?

Boteco – Quando você chegou no Palmeiras, qual foi o impacto vindo do Bangu? O fato de ser filho do Domingos da Guia ajudou na adaptação a não sentir tanto o impacto da chegada a um grande clube?

Ademir – Senti, senti um impacto, um impacto muito grande, eu cheguei em 1961, jogavam Zequinha e Chinesinho, só tive uma chance depois que o Chinesinho foi para a Itália, depois da Copa de 1962. Então foi difícil a adaptação, muito complicada, até que chegou o Geninho e me colocou no time, e me deu a chance. Então, é como eu te falei, o técnico tem que gostar do jogador, acreditar, senão é muito difícil.

Boteco – Seu tio também foi um goleador do Bangu… É algo de família? A família sempre produziu grandes craques?

Ademir – O meu pai… eram em quatro irmãos, todos jogaram, jogaram no Bangu, no Flamengo, eram grandes jogadores. Tinha um, Ladislau, o Ladislau era chamado de Tijolo Quente, chutava muito forte, era goleador, então a família dos Da Guia veio com vários jogadores profissionais.

Boteco – Alguma história curiosa sobre o quadrangular final do Brasileiro de 73, em que o Palmeiras foi o campeão?

Ademir – Ficaram Palmeiras, Internacional, São Paulo e Cruzeiro. Esse campeonato foi muito difícil, porque os times lá do Sul e o São Paulo eram grandes adversários, mas a nossa equipe ela vinha… 72 nós ganhamos tudo. Ganhamos, começamos Torneio Laudo Natel, Torneio Mar Del Plata, Campeonato Paulista, Troféu Ramon de Carranza e Campeonato Brasileiro. E tinha chegado o Brandão. Então a equipe estava com muita confiança e ganhando. Porque quando você ganha, você passa inclusive para a torcida uma confiança muito grande. Então, a gente veio de um ano de 1972, com um técnico que acreditava na gente, então 73 eu acho que foi um dos campeonatos mais difíceis e conseguimos ganhar.

Boteco – Ademir volta para revelar qual seu jogo inesquecível e comparar as festas atuais às da época em que jogava na abordagem do tema futebol, bebidas e baladas.

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