sexta-feira, novembro 22, 2024
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Adílio relembra trabalho com evangelismo no clima da Copa

No último capítulo de suas histórias, o missionário Adílio Cândido conta como foi trabalhar o evangelismo em pleno clima de folia de Copa do Mundo, em Manaus, em 2014, e aborda o trabalho em outras cidades do país.
Boteco: Adílio, conte sobre o trabalho na Copa do Mundo.
Adílio: Então, em Manaus, fiz parte de uma equipe que ficou fazendo evangelismo em volta ao estádio. Estávamos com um grupo de missionários venezuelanos e na medida do possível fazíamos a tradução pra eles. Foi um tempo bom, também trabalhamos contra o tráfico de pessoas.
Boteco: Adílio, como foi sentir o clima da Copa do Mundo?
Adílio – Foi top. Por estarmos hospedados no perímetro, temos livre acesso ao estádio, víamos os ônibus chegando, o clima da torcida, ver povos do mundo todo se misturando, uma experiência que vou levar para o resto da vida.
Boteco – Conte umas histórias divertidas.
Adílio – Um dia brinquei com os amigos da equipe, o Goio e Weslley, que estar ali e não poder assistir o jogo é a mesma coisa que você ter a mulher mais bonita  do mundo pra beijar e não poder beijar, defraudação emocional (risos).
Boteco: Como trabalhar o evangelismo em um ambiente em que muitos estavam bebendo e curtindo a Copa na base da farra?
Adílio: Foi tranquilo, as pessoas recebiam as tabelas que a gente dava com mensagens cristãs nos três idiomas. Muitos jogavam fora, muitos liam porque era um material muito bom.
Boteco: Alguma outra curiosidade relacionada à Copa?
Adílio: Fiz um vídeo e mandei pra galera da Vila. Os americanos gritando Vila Dias, Vila Dias, U.S.A  Vila Dias.
Boteco: Adílio: a torcida de qual país você considerou mais animada, mais simpática e mais antipática?
Adílio: Os americanos são demais, nunca vi um país tão orgulhoso da sua bandeira e do seu povo. Os ingleses são mais frios.
Boteco: E como foi o trabalho em relação ao tráfico humano?
Adílio: Íamos onde era o local da Fifa Fan Fest e lá nós ficávamos de olho pra ver se não tinha pessoas aliciando meninas. Então tínhamos um crachá que nos identificava.
Boteco: Tráfico de pessoas para se prostituir?
Adílio: Isso mesmo. Nós trabalhávamos contra isso
Boteco: E chegaram a flagrar casos?
Adílio: Eu mesmo não. Mas algumas pessoas sim. Eles chamavam a policia e a polícia almoçava eles
Boteco: Adílio: na Fan Fest, muitas folias?
Adílio: Vixi, eu dancei muito boi bumbá, dava show.
Boteco – Conte sobre os trabalhos nos morros do Rio.
Adílio – Tive o privilégio de trabalhar no Rio de Janeiro por 1 mês e um mês em um morro em Santos. Outra cultura. Fomos em uma equipe da escola Ministério de Esporte. Vimos e vivemos muitas coisas. Fomos pra dar treinamento, preparar pessoas pra trabalhar com esportes junto à comunidade. Nosso papel é aproximar a igreja da comunidade.
Boteco: E hoje, seu trabalho tem ligação com o futebol?
Adílio: Tem. Tô dando aula em Cristal-RS. Eu uso o futebol pra aplicar princípios cristãos. Tem muito lugares que fica difícil de falar de Cristo. O futebol me ajuda nisso. Quero deixar meu agradecimento à minha igreja Missão Paz e Vida que me ajuda financeiramente, ao pastor Vilmar Dacampo por acreditar no meu chamado. Pra minha família que é meu pilar, Camille, Etelvina, Daiane e João Rodolfo. Amo vocês.
Boteco – Valeu, Adílio!

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