Se o objetivo da atual administração da Prefeitura é tornar Mogi Mirim uma cidade sustentável, os passos para alcançar a meta estabelecida ainda estão lentos. A caminhada para a sustentabilidade almejada pelo prefeito Gustavo Stupp se arrasta não por falta de ideias, ainda que um tanto mirabolantes, mas pela precária execução dos projetos que acabam morrendo, alguns antes mesmo de sair do papel.
Uma das iniciativas que pôde ser observada pela população foi o plantio feito por alunos das escolas municipais em praças da cidade, utilizando pneus decorados para chamar a atenção. Hoje, por exemplo, a praça do Fórum que recebeu as plantas já não exibe mais seu colorido jardim, deixado para trás após a ação de marketing ecológico ter ganhado páginas de jornais e aplausos dos moradores do entorno.
A obra de revitalização do Zoológico, um parque que serviria, além da visitação por lazer, como local de aprendizado sobre fauna e flora, é adiada mês a mês, e a cada aviso de atraso, a justificativa muda. Ou é pelo dinheiro não repassado, por problemas com a empresa executora, por falta de vistoria da Secretaria de Meio Ambiente do Estado. O parque que deveria ter sido reaberto em outubro do ano passado, atrasadíssimo, agora é prometido para junho ou julho, mas há quem não acredite no prazo estabelecido.
Outra iniciativa anunciada por Stupp no ano passado e que deveria ter início em 2014, mas que desde janeiro não foi citada é o Câmbio Verde, em que alunos das escolas municipais receberiam um cartão com benefícios caso auxiliassem na coleta seletiva de lixo.
Já o programa de compostagem de resíduos orgânicos, iniciado em outubro do ano passado, foi satisfatório, mas apesar dos resultados, aparentemente, o projeto já está entrando em declínio. Novamente, após fazer sucesso nas páginas dos jornais como uma iniciativa de sustentabilidade que efetivamente funcionou, ao perder destaque a ideia perdeu também a força. Paira a dúvida sobre a continuidade do processo, que nem em artigo escrito pelo próprio Stupp é garantida. Para uma cidade ser plenamente sustentável, há ainda grandes questões como a despoluição do rio que leva o nome da cidade, destinação dos resíduos sólidos, já que até 2015 os aterros sanitários deverão deixar de existir, além de um plano ajustado de coleta de lixo e entulho.
Como acreditar então em uma cidade sustentável, como a atual administração faz questão de frisar, se as próprias ideias não se sustentam? A dispersão do foco em um programa que dá certo, trocada pela ânsia pela novidade na imprensa não vai levar a cidade a futuro mais ecológico, mas para a mesmice de um Município que desperdiça conceitos inovadores.