O Ministério Público abriu uma ação civil por improbidade administrativa e outra criminal, contra o secretário de Governo, Gabriel Mazon Tóffoli, e o ex-secretário Extraordinário, Jorge Vinicius dos Santos, o Jorginho, sobre o caso de um suposto pedido de propina à empresa Sigcorp, que fornecia o sistema para arrecadação de Impostos Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).
A promotoria, que se apóia em prova oral colhida no decorrer das investigações, acusa que os dois solicitaram vantagem indevida para o prorrogamento do contrato com a Sigcorp. O MP não disponibilizou os processos ao O POPULAR.
Caso a justiça acolha a denúncia proposta na ação civil, Jorginho e Gabriel podem ter seus direitos políticos suspensos por até cinco anos, pagamento de multa de até cem vezes a mais dos vencimentos e a proibição de receber benefícios do poder público.
O secretário de Governo, deve se afastar a partir do dia 1° de abril. “Existe uma pressão de cunho pessoal e estou me afastando para não atrapalhar as investigações. Estou tranquilo e de consciência limpa”, declarou Gabriel, considerando a falta de provas.
Ele afirmou ainda que está “explícito que a ideia é afetar o governo, até porque trata-se de um promotor que propôs a cassação do prefeito”, criticou, referindo-se ao caso Cafu.
Servidor investigado subtraiu documentos, diz Prefeitura
A Prefeitura informou, ontem a tarde, que um dos servidores investigados em um possível esquema criminoso, que fez com que o município deixasse de arrecadar mais de R$ 30 milhões do ISS, subtraiu documentos originais do Paço Municipal.
“Fizemos um Boletim de Ocorrência no dia 25 de subtração de documentos. Na semana passada, um terceiro investigado, que na verdade não tinha pedido afastamento como ele havia informado, entrou na secretaria e saiu com uma caixa com documentos originais da Prefeitura. Uma testemunha viu e nos informou”, disse a secretária de Administração e Finanças, Elisanita de Moraes.
O caso teria acontecido no horário do almoço. Em seguida, segundo ela, o servidor tentou novamente levar outra caixa, mas foi impedido pela Guarda Municipal.
Dentre os documentos levados, estariam inclusive páginas do documento que decretou a intervenção do município na Santa Casa de Misericórdia. O caso agora será investigado pela polícia.