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Aguardente do Reino – Nº 675

Em meu artigo nº 636, de 29 de maio de 2020, escrevi sobre os cinco grandes bairros de Mogi Mirim: Tucura, Aguardente do Reino, Aterrado, Mirante e Santa Cruz. Dias depois constatei com grande surpresa que muitos mogimirianos desconhecem a existência do Bairro Aguardente do Reino.

Por telefone, internet e até pessoalmente, muitas perguntas me foram feitas por dezenas de pessoas sobre esse bairro. Onde fica? Quais são seus limites e extensão? Em seu interior existem subdivisões territoriais? Qual é sua história e por que tem esse nome? É verdade que existe esse bairro em Mogi Mirim?

Respondendo
Sim, este bairro existe em Mogi Mirim, sendo o segundo mais antigo e o mais extenso territorialmente em nossa cidade. O Bairro Aguardente do Reino está situado na Região Norte, tendo como divisas o Tucura, a Santa Cruz e o Rio Mogi Mirim.

Inicia logo após o Cemitério da Saudade e finaliza na região da Cloroetil e Fazenda Mata da Chuva. Ele apresenta diversas sub-divisões territoriais: Jardim Paulista, Jardim Primavera, Jardim Scomparim, Jardim Silvânia, Jardim Murayama III, Jardim Nazareth, Jardim Flamboyant e Chácaras São Marcelo. Dois condomínios estão surgindo em seu interior, o Zaniboni e o Holandês. Nele estão a Havan e o Good Bom.

Segundo antigos cronistas, o bairro teve início por volta de meados do século 18, há cerca de 260 anos e com as primeiras propriedades rurais encravadas em seu território, com pequenas aglomerações humanas plantando arroz, feijão, cana de açúcar e fumo.

Em pleno período colonial, ali surgiram alambiques. Exploravam a garapa para fabricar rapaduras, açúcar mascavo e destilarias de aguardente. Grande parte desses produtos era comercializada na cidade e em outras regiões da então Província de São Paulo. Muitos litros de aguardente eram exportados para o Reino de Portugal, na Europa, onde eram muito apreciados devido à boa qualidade, acondicionados em litros e barris.

As garrafas e litros não tinham rótulo, mas ganharam fama com o nome de AGUARDENTE DO REINO, que acabou denominando a região que produzia aguardente para o Reino de Portugal.

É interessante citar que o córrego que corta as Chácaras São Marcelo, tem o nome de Córrego Aguardente do Reino, possível indicação secular de que as antigas destilarias ficavam nas imediações das Chácaras São Marcelo.

Além de antigos documentos, contei com a inestimável colaboração do amigo Vanderlei Andrade, ex-vereador e empresário do setor imobiliário e que conhece profundamente a geografia da cidade, ao qual agradeço pelas informações.

Em 1952, depois de uma pescaria no Rio Mogi Mirim, Jorge dos Santos e este articulista divertiram-se nas cachoeirinhas do Rio Mogi Mirim, na Aguardente do Reino, divisa com a atual Chácara São Marcelo. Essas cachoeiras hoje não mais existem.

Preceitos Bíblicos
“Vi um novo céu e uma nova terra. Deus enxugará dos nossos olhos todas as lágrimas. Não haverá mais morte nem tristeza, nem choro, nem dor”. (Apocalipse, 21, 1-4).

Túnel do TEMPO
Em 31 de Dezembro de 1946, a população do município de Mogi Mirim era de 51.064 habitantes, sendo 20.734 na cidade e 30.330 na região rural. Existiam quatro habitantes com mais de 100 anos de idade, segundo o Censo.

Livros – História de Mogi Mirim e Região
Mogi Mirim, nascida da bravura dos paulistas
512 páginas e 42 fotos
A escravidão e o abolicionismo Regional
278 páginas e 56 fotos
Memórias Mogimirianas
260 páginas e 47 fotos

Pontos de venda em Mogi Mirim 
– Banca da Praça Rui Barbosa
– Papelaria Silvas Store (Toda)
– Papelaria Gazotto – Centro
– Agro Avenida – Av. 22 de Outubro
– Papelaria Carimbo Expresso

Pontos de venda em Mogi Guaçu
– Papelaria Abecedarium – Centro
– Livraria Jodema- Shopping
– Banca da Capela
– Banco do Porta – Av. 9 de abril
– Banca do Toninho – Centro

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