A pouco mais de um mês do início do Campeonato Paulista, o técnico do Mogi Mirim Ailton Silva quer garantir a presença do torcedor do Sapo nas arquibancadas do Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira. Mas não só em número, mas também por apoio. Para isso, em coletiva de imprensa na tarde de quinta-feira, fez um pedido especial para que a Torcida Organizada Mancha Vermelha, a única do clube, compareça em peso ao Romidão e seja o 12º jogador. A cobrança vem junto a uma série de reclamações contra a ‘turma do alambrado’, grupo de torcedores que acompanham os jogos atrás do banco de reservas do Mogi e que em muitas vezes exageram nas cobranças.
“Não considero quem fica atrás do banco torcedor do Mogi, eles devem se policiar um pouco mais. Espero que respeitem mais os profissionais que hoje representam a camisa do Mogi. Para isso convoco a nossa organizada para que se unam, consigam mais sócios, mais adeptos e que joguem com a gente. Ela pode ser fundamental para uma boa campanha”, cobrou.
As reclamações de Ailton não são inéditas. Em diversos jogos da Série C do Campeonato Brasileiro, torcedores exageravam nas cobranças ao time, o que gerou reclamações e indignação. “Espero que esse torcedor (do alambrado), respeite mais, que vá para a arquibancada e fique torcendo. Um dia me chamaram de retranqueiro, mas eu escalei uma equipe com três atacantes e dois meias. Aí não dá”, reclamou.
Em campo
O técnico afirma que não só ele, como os próprios jogadores não aprovam a ‘cornetagem’. “Os jogadores sentem, tenho que pedir para eles se controlarem, para não responder. Na Série C o clube brigou para classificar e não tinha o apoio da meia dúzia atrás do banco”, alfinetou.
Quando o tobogã está liberado para a presença dos torcedores em jogos do Romildão, a Mancha, sempre com faixas e instrumentos musicais, se posiciona no local, e atrás do gol da entrada do estádio quando o setor está impossibilitado para uso.
O pedido de Ailton Silva está relacionado à aposta do Mogi em conseguir bons resultados dentro de casa. Longe do Romildão, o clube encara adversários que além de já imporem dificuldades jogando em seus domínios, contam com arquibancadas cheias, caso de Ponte Preta, Botafogo de Ribeirão Preto, São Bernardo, Linense e Penapolense, além de São Paulo e Portuguesa.
“Não considero quem fica atrás do banco torcedor do Mogi”
Ailton Silva, técnico do Sapo, insatisfeito com a cobrança de parte da torcida