sábado, novembro 23, 2024
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Alerta com a varíola dos macacos

Em uma reunião de emergência na sexta-feira, 20, sobre o surto de varíola dos macacos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou que ao menos 100 casos da doença foram registrados no mundo e outros 50 continuam em investigação.

Nos próximos dias, é provável que mais casos sejam relatados à medida que a vigilância epidemiológica for expandida, segundo a OMS. “A OMS está trabalhando com os países afetados e outros para expandir a vigilância da doença para encontrar e apoiar as pessoas que podem ser afetadas e fornecer orientações sobre como gerenciar a doença”, disse a agência da ONU, em um comunicado divulgado no dia 20.

No Brasil ainda não há relatos de casos, mas, na Alemanha, um brasileiro de 26 anos, que esteve em Portugal e na Espanha, foi infectado. O Ministério da Saúde confirmou que está acompanhando o caso e que solicitou informações adicionais à OMS e ao Ministério da Saúde da Alemanha.

Ainda de acordo com a OMS, os surtos recentes relatados em 11 países até então são atípicos, pois estão ocorrendo em locais em que a doença não é endêmica. Desde 1970, casos humanos de varíola dos macacos foram relatados em países africanos, levando a surtos ocasionais entre a população local e viajantes.

Segundo a OMS, de lá pra cá, os países que relataram casos foram: Benin, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Gabão, Costa do Marfim, Libéria, Nigéria, República do Congo, Serra Leoa e Sudão do Sul.

Agora, como o surto da doença está ocorrendo em países não-endêmicos, a OMS disse que está trabalhando com todos os países afetados para melhorar a vigilância sanitária e fornecer orientações sobre como impedir a propagação da doença e garantir o cuidado de infectados.

Sobre a doença
Geralmente, a varíola dos macacos passa de animais para humanos – pois é uma zoonose –, e, com menos frequência, de uma pessoa para outra. Nessas varíolas menores, como a dos macacos e a da vaca, a transmissão tem mais a ver com contato de pele.

Além do contato com a pessoa infectada – pela pele, com as lesões ou fluidos corporais da pessoa doente, incluindo gotículas e secreções respiratórias –, a varíola dos macacos também é transmitida por material contaminado, como roupa de cama.

Há um período de incubação de sete a 14 dias. Os sintomas iniciais são tipicamente semelhantes aos da gripe, como febre, calafrios, exaustão, dor de cabeça e fraqueza muscular, seguidos de inchaço nos gânglios linfáticos, que ajudam o corpo a combater infecções e doenças. Em seguida vem uma erupção cutânea generalizada no rosto e no corpo, inclusive dentro da boca e nas palmas das mãos e solas dos pés.

As lesões dolorosas e elevadas são peroladas e cheias de líquido, muitas vezes cercadas por círculos vermelhos. As lesões finalmente cicatrizam e desaparecem em um período de duas a três semanas. (Com informações do G1 e da CNN)

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