sábado, novembro 23, 2024
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Alexandre Cintra desabafa, comenta saída da Cultura e ataca André Mazon

Alexandre Cintra quebrou o silêncio. Três anos e nove meses após ser exonerado da Secretaria de Cultura e Turismo, depois de 14 anos de serviços prestados, nos governos de Paulo Silva (PSB), entre 1996 e 2003, e de Carlos Nelson Bueno (PSDB), entre 2005 e 2012, o hoje vereador pelo PSDB abriu o jogo. Em uma mescla de desabafo e revolta, Cintra contou detalhes de sua saída, em junho de 2013, com direito até a constrangimento no Centro Cultural Lauro Monteiro de Carvalho e Silva, considerado até então sua segunda casa.

Na Câmara Municipal, na sessão de segunda-feira, ao responder uma colocação do companheiro de plenário, o também vereador e ex-secretário de Cultura na gestão Gustavo Stupp (PDT), André Mazon (PTB), da sessão de 20 de fevereiro, não poupou críticas e responsabilizou Mazon pelo péssimo momento vivido pela pasta, que na Era Stupp teve incríveis nove secretários. “O senhor me deu uma rasteira, fez parte daquela corja que administrou a Cultura”, desabafou.

O caso
Cintra relembrou que quando foi exonerado, ao ter ciência da notícia, até hoje sem justificativa apresentada, ao descer do mezanino do Centro Cultural, local onde foi informado sobre o desligamento, acabou abordado por guardas municipais, que pediram para revistar sua bolsa. Dentro dela, apenas utensílios utilizados por um preparador físico, área do vereador.

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Cintra não poupou críticas a companheiro de plenário. “O senhor me deu uma rasteira”. (Foto: Arquivo)

“Desci com a minha mochila. Apagando as luzes da sala administrativa, fui abordado por dois guardas, disseram que precisavam revistar a minha bolsa. Depois de 14 anos de contribuição eles foram revistar a minha bolsa”, disse, em tom de revolta, complementando que ao deixar seu material ser analisado, descobriu que a ordem teria partido de André.

“Foi a mando do senhor que eles revistaram a minha bolsa. Eu sou pobre, não tenho nada, continuo andando de ônibus, eu trabalho na Câmara e no Clube Mogiano. A única coisa que minha mãe vai me deixar de herança é decência”, alfinetou.

À época, o fato chegou a ser veiculado pela imprensa, com a Prefeitura se limitando a dizer que o vigia achou por bem acionar a Guarda, já que Cintra, ex-assessor naquele período, estaria sozinho no prédio, versão contestada por ele. “Era momento da troca de aula, tinha alunos entrando e saindo”, disse.

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Alexandre Cintra e André Mazon, lado a lado, no dia da posse. (Foto: Diego Ortiz)

Desculpas
Em sua fala, André admitiu ter errado em deixar o ex-assessor sozinho no prédio. E pediu desculpas. “Erro meu, já admiti algumas vezes. Me desculpe. O vigia daquela noite foi trocado, a pedido do prefeito municipal, e foi trocado exatamente por esse problema. Veio do departamento administrativo a orientação expressa de agir assim em relação aos exonerados devido a problemas com outros funcionários”, alegou.

O pedido de desculpa não foi aceito por Cintra, que ainda aproveitou para cutucar o atual momento da Cultura. “Da forma que foi dito que a Cultura não aconteceu nada, realmente não aconteceu. Aquilo lá foi encharcado de gente incompetente, sem noção. A Cultura pede socorro. A nossa história, o museu, está um amontoado de poeira, todos os documentos, arquivos, objetos valiosos estão lá, jogado às traças”, lamentou.

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André pediu desculpas, mas afirmou que não ordenou a revista na mochila de Alexandre. (Foto: Arquivo)
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