Não apenas O POPULAR, mas outros veículos da imprensa mogimiriana já retrataram em suas páginas, ao longo dos últimos anos, a terrível e caótica situação encontrada em diversos espaços públicos de Mogi Mirim, mais especificamente, praças e quadras poliesportivas. O tema está longe de ser uma novidade, mas volta e meia causa indignação e diminui a esperança por uma melhor situação, tamanha falta de atenção. E isso não se restringe ao governo de Gustavo Stupp (PDT). O atual cenário é encontrado há décadas, e só piora com o passar dos anos. E muito.
Na última semana, a reportagem retratou o panorama visto em praças mais do que conhecidas, como a Rui Barbosa e o Jardim Velho, e outras espalhadas por regiões da cidade, como na zona Norte e Oeste. Em todas elas os problemas são os mesmos: abandono, falta de manutenção em bancos, jardins, grama, playground. Isso sem falar nas quadras. Pisos sem condição alguma de prática esportiva, com imperfeições para todos os lados e falta de tintura. Traves de gols não possuem redes e estão enferrujadas, além de faltar tabelas e cestas de basquete e uma iluminação adequada. Os praticantes precisam de um malabarismo para conseguir desenvolver qualquer tipo de esporte. Na verdade, haja força de vontade para ocupar as atuais instalações.
Essa, sim, é uma das tarefas obrigatórias dentro do plano de governo de todo candidato a prefeito. Muito se fala da falta de opções de lazer e locais apropriados para atividades, mas a cidade possui muitos destes espaços que podem servir como ponto de partida para o descobrimento de novos talentos e transformar o esporte em ferramenta de formação do cidadão, tirando este ou aquele menino ou menina das ruas, e oferecendo um novo caminho.
Caso fossem reformadas e recebessem a atenção devida, as quadras poderiam servir como escolinhas públicas de diversas modalidades, a exemplo do futebol, basquete, vôlei, handebol e tantas outras. Mogi possui quadras espalhadas por todas as regiões, da zona Sul a zona Leste. Bastaria um trabalho sério e planejado para impulsionar o esporte na cidade. Os que possuem condições de frequentar um clube particular, com mensalidades nada modestas, saem na frente. E a imensa maioria da população que não goza desse privilégio? É obrigação do Poder Público oferecer atrativos, mas ultimamente, isso vem acontecendo a passos de tartaruga.
É preciso um trabalho voltado às praças, quadras e qualquer espaço público, com reforma e manutenção periódica e eficaz. Chega de abandono e desvalorização. A população clama por isso. Este é apenas uma dos problemas enfrentados por Mogi que carece de uma mudança urgente. Em prol da população.