A comissão provisória do Partido Social Liberal de Mogi Mirim foi destituída, em outubro, por determinação do diretório estadual, presidido desde julho pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, que é do PSL. O PSL de Mogi era presidido por Jarbas Gusmão Caroni. A intervenção local é reflexo da crise vivida pela legenda em nível nacional. Esta semana, o presidente da República pediu o bloqueio de repasses ao fundo partidário ao PSL e o afastamento do presidente da legenda, Luciano Bivar. Caroni foi destituído porque, segundo ele próprio, o PSL de Mogi estava alinhado ao senador Major Olímpio (PSL), o que desagrada Eduardo. O dirigente mogimiriano tem esperança em reverter esse quadro e diz que o partido terá candidato a prefeito em 2020.
Pré-sal pode render
R$ 4,4 milhões a Mogi
Mogi Mirim nunca produziu petróleo, mas poderá ser beneficiada com a cessão onerosa do pré-sal, que deve injetar R$ 4,4 milhões nos cofres do Município. O cálculo é da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), baseada em lei sancionada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A vizinha Mogi Guaçu, por exemplo, poderá receber R$ 7 milhões, e Itapira, R$ 3,8 milhões. A distribuição de recursos aos municípios é feita de acordo com o número de habitantes, conforme faixas populacionais. O bônus será pago em duas parcelas pelos vencedores do leilão para exploração de petróleo em águas profundas, o pré-sal, uma já em 2019 e outra em 2020. Pelo projeto, as prefeituras devem utilizar os recursos para pagamento de despesas previdenciárias e em infraestrutura urbana.
‘Se esquerda radicalizar,
resposta pode ser o AI-5’
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) evocou publicamente, pela segunda vez em uma semana, uma possível volta da ditadura militar no Brasil. Em entrevista ao programa da jornalista Leda Nagle, publicada nesta quinta-feira (31), Eduardo defendeu que se houver “radicalização da esquerda” semelhante às manifestações do Chile, “a resposta pode ser via um novo AI-5”. A Constituição de 1988 rejeita instrumentos de exceção e destaca em seu primeiro artigo, como um de seus princípios fundamentais que a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito. Em 1968, o então presidente Costa e Silva assinou o Ato Institucional de número 5, um marco da suspensão de garantias democráticas que inaugurou o período mais sombrio da ditadura militar.
Taxa de desemprego
cai para 11,8%, diz IBGE
A taxa de desocupação no Brasil fechou o trimestre móvel encerrado em setembro em 11,8%, uma leve queda em relação tanto ao trimestre anterior, finalizado em junho, quando 12% da população estava sem trabalho, quanto ao trimestre que acabou em setembro do ano passado (11,9%). Os dados foram apresentados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). O contingente de desempregados soma 12,5 milhões de pessoas, uma diminuição de 251 mil pessoas. Já a população ocupada atingiu 93,8 milhões, um aumento de 459 mil pessoas. A população fora da força de trabalho permaneceu estável, com 64,8 milhões de pessoas.
Marielle: Bolsonaro
nega envolvimento
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), respondeu ontem à reportagem da TV Globo que divulgou uma menção ao seu nome na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), do Rio de Janeiro, e do motorista dela, Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. Em transmissão nas redes sociais, Bolsonaro se isentou de responsabilidade pelo crime e fez duras críticas à imprensa, sobretudo a TV Globo, pelas reportagens que envolvem não apenas ele, mas também seus familiares. Ele ainda insinuou que as informações do processo, que está sob sigilo, teriam sido vazadas pelo governador Wilson Witzel (PSC). O porteiro do condomínio onde morava Bolsonaro à época disse em depoimento que alguém com a voz “do seu Jair” autorizou a entrada de um dos suspeitos da morte da vereadora no dia do crime.