Fatos mogimirianos na década de 1960:
Posse do Prefeito Luiz Silva
Em janeiro de 1960, foram empossados os novos administradores de Mogi Mirim: o prefeito Luiz Franklin Silva, o vice-prefeito João Avancini e os 15 vereadores da Câmara Municipal, eleitos em outubro de 1959. A cerimônia foi presidida pelo juiz de direito Dr. Wilson José de Mello.
Piracema do Rio Mogi Guaçu
No final do ano, época da Piracema e quando os peixes desovam, pescadores costumam burlar a lei, apanhando a fauna ictiológica com redes e tarrafas. A fiscalização não é tão intensa como há 50 anos, quando era comandada, na região, pelo popular Zé da Pesca, guaçuano que multava, apreendia e penalizava os infratores da lei que protegia a Piracema. O pescado apreendido era destinado às instituições de caridade.
Cines Rex e São José
Houve um tempo em que os cinemas eram a principal diversão em Mogi Mirim e lotavam suas dependências. As duas salas de exibição comportavam cerca de 1.400 poltronas, todas tomadas pelo público. Nesses dois cinemas, assisti filmes de grande sucesso, como “Gilda”, “Da terra nascem os homens”, “Sissi”, “Casablanca”, e os filmes do Mazzaropi. Filas enormes eram formadas e chegando, às vezes, a dar voltas no quarteirão. Com o advento da televisão e de suas novelas, a frequência dos cinemas foi diminuindo e atualmente não temos mais nenhum em Mogi Mirim! Por volta de 1960, chegamos a ter quatro cinemas na cidade: Rex, São José, Palace e Cine Rádio.
Praça São José
Exatamente há 60 anos, em 1960, foi oficialmente inaugurada a Praça São José em ato festivo comandado pelo prefeito Adib Chaib. Essa praça, situada ao lado da Matriz de São José, anteriormente foi um ponto histórico da cidade e onde existiu o solar do Barão de Pirapitingui, o Cel. Guedes, e, por três vezes, hospedou D. Pedro II e a Corte Imperial, com membros como a Princesa Isabel e seu marido o Conde D’Eu, a Rainha dona Tereza Cristina e os netos do Imperador, nos anos 1875, 1878 e 1886.
Em meus tempos de infância cheguei a conhecer o solar do Barão de Pirapitingui antes de ser demolido. Ali funcionou a “Casa do Compadre” do comerciante Alfredo Thomás, que foi o último inquilino. Tempos depois, terreno e a casa foram adquiridos pelo governo para instalar a Caixa Econômica Federal, construída na parte inferior do terreno, enquanto a parte fronteiriça à Praça Rui Barbosa foi permutada com a Prefeitura, que ali construiu a Praça São José.